Em entrevista ao BNT News desta sexta-feira (13), Cleiber Marcio Flores, diretor de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS) destacou a importância da vacinação como ferramenta fundamental de prevenção, desde os primeiros dias de vida até a fase adulta e idosa. O alerta foi feito em razão do aumento de doenças antes erradicadas no Brasil, como o sarampo, que tem apresentado novos casos em diversas regiões.
“A criança já sai do hospital vacinada com a BCG e a hepatite B. E ao longo dos meses, ela deve seguir o calendário de imunizações, recebendo doses que vão protegê-la de doenças como poliomielite, pneumonia, meningite, tétano, coqueluche, entre outras”, explicou Kleiber.
Segundo o especialista, o esquema vacinal tem início já nas primeiras 24 horas de vida, e ao longo dos meses seguintes, o bebê recebe doses combinadas e reforços fundamentais. Entre os dois e seis meses, a criança deve tomar vacinas como a Penta, pneumocócica, poliomielite e a vacina contra a covid-19, que também já faz parte do calendário infantil.
Aos 12 e 15 meses, ocorrem reforços importantes, como o da pneumocócica, meningite, hepatite A e a tríplice bacteriana. Já aos 4 anos, entram doses contra a febre amarela, varicela e novo reforço da tríplice bacteriana.
Para os adolescentes, de 9 a 14 anos, a vacina do HPV é obrigatória e está disponível nas unidades básicas de saúde. A partir dos 20 anos até os 59, o adulto deve manter o esquema de reforço com vacinas como hepatite, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), dupla adulto (difteria e tétano) e febre amarela.
“Um dos maiores problemas é que, ao cuidarem da vacinação dos filhos, os pais esquecem de manter sua própria carteirinha em dia. E isso pode representar um risco à saúde, principalmente em situações de ferimentos ou contato com doenças contagiosas”, afirmou Cleiber.
Para quem não tem a carteirinha de vacinação ou não se lembra das vacinas que tomou, Cleiber explicou que o sistema informatizado da saúde pública consegue rastrear as doses aplicadas nos últimos 10 anos. Nos casos em que não há registros, o reforço é feito preventivamente.
Outro destaque da entrevista foi o retorno do sarampo no Brasil. A doença, que havia sido eliminada graças às campanhas de vacinação, está reaparecendo devido à baixa adesão nos últimos anos. Para conter o avanço, a partir do dia 16 deste mês, será intensificada a vacinação contra o sarampo em crianças de seis meses a um ano de idade.
Por fim, Cleiber reforçou o papel da vacina como instrumento de saúde pública:
“As vacinas que usamos há décadas são seguras, eficientes e salvam vidas. Quando a cobertura vacinal cai, doenças que estavam controladas voltam a aparecer. Por isso, é essencial que a população procure os postos de saúde e mantenha o calendário vacinal atualizado”.
A população pode procurar a unidade de saúde mais próxima com a carteirinha de vacinação para verificar quais vacinas estão pendentes ou em atraso. Em caso de dúvida, a orientação é sempre se vacinar.
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