Cerca de 300 funcionárias terceirizadas que atuam nos serviços de limpeza dos Hospitais Universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) serão transferidas para outros locais ou demitidas. A situação ocorre pelo fato de a UEPG decidir rescindir o contrato com a empresa Kremer, atual prestadora dos serviços, e abrir um novo processo licitatório para contratação de empresa substituta.
A informação foi repassada à reportagem do Portal BnT por uma trabalhadora do Hospital Universitário, que detalhou a situação das trabalhadoras. Na tarde desta segunda-feira (28), várias trabalhadoras compareceram à sede da empresa para decidir o futuro.
“Nós somos mães de família. A gente precisa dos nossos direitos, imagina só. Passei três anos e meio trabalhando para chegar nessa situação de poder ter que ser mandada para outra cidade”, relatou uma funcionária sob condição de anonimato.
As funcionárias prestadoras de serviço eram responsáveis pela realização do serviço de limpeza do Hospital Universitário (HU-UEPG) e do Hospital Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG). O contrato firmado entre a UEPG e a empresa tinha validade de cinco anos.

No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação (SIEMACO) informou à reportagem do Portal BnT que a empresa Kremer comunicou que o contrato será rescindido em razão de novo processo licitatório.
De acordo com o setor jurídico do sindicato, a empresa alegou que possui postos de trabalho disponíveis para realocação das funcionárias. Àquelas que não forem reaproveitadas, será aplicada a rescisão contratual conforme a legislação trabalhista.
“O SIEMACO está acompanhando de perto todo o processo de transição para garantir que nenhuma trabalhadora seja prejudicada ou injustiçada. Reforçamos a orientação para que nenhuma trabalhadora assine qualquer documento sem antes procurar o sindicato”, diz a nota enviada à imprensa.
O sindicato afirma que seguirá atuando na defesa dos direitos das trabalhadoras durante todo o período de transição.
A reportagem também entrou em contato com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e o Grupo Kremer para se posicionarem a respeito do caso, mas até o momento não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para manifestações.




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