O setor de serviços no Brasil, o que mais emprega no país, cresceu 0,6% em setembro na comparação com agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o segmento acumula oito meses consecutivos de expansão, totalizando uma alta de 3,3% no período.
Em relação a setembro de 2024, o avanço é de 4,1%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses mostra variação positiva de 3,1%. Desde abril, o setor vem atingindo recordes históricos de atividade, e agora está 19,5% acima do nível pré-pandemia de covid-19, registrado em fevereiro de 2020.
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Transportes puxam crescimento do setor
Entre os cinco grandes grupos de atividades analisados, três registraram crescimento em setembro:
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Transportes, armazenagem e correio: +1,2%
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Serviços de informação e comunicação: +1,2%
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Outros serviços: +1,6%
Em contrapartida, os serviços prestados às famílias recuaram 0,5%, e os serviços profissionais e administrativos, 0,6%.
Segundo Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, o grupo dos transportes — responsável por 36,4% da estrutura do índice — tem sido o principal motor da expansão. A alta está ligada ao transporte de cargas e ao transporte aéreo de passageiros, que vem crescendo com o aumento da renda e queda nos preços das passagens.
“O avanço do e-commerce exige mais armazenagem e logística, o que impulsiona diretamente o transporte até o consumidor final”, explica Lobo. Ele destaca também o papel da safra agrícola recorde de 2025, que exige mais transporte rodoviário para o escoamento da produção.
Turismo também cresce e fica acima do nível pré-pandemia
O índice das atividades turísticas (Iatur) avançou 0,1% em setembro, frente ao mês anterior, segundo o IBGE. O acumulado do ano mostra expansão de 5,7%, e nos últimos 12 meses, a alta é de 6,6%.
As atividades de turismo estão atualmente 11,5% acima do patamar de fevereiro de 2020, e apenas 2% abaixo do pico registrado em dezembro de 2024.
Entre as cidades analisadas, Belém (PA) — sede da COP30 — registrou a maior alta no mês: 4,9%, possivelmente refletindo o aquecimento da demanda por hospedagem.
Serviços: termômetro da economia
O setor de serviços é considerado um indicador importante do ritmo da economia, pois envolve atividades cotidianas como transporte, turismo, tecnologia, salões de beleza, alimentação fora do lar e comunicação. A Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE acompanha 166 tipos de atividades, com recorte para 17 unidades da federação.
Além de representar uma parcela significativa do PIB brasileiro, o setor também é líder em geração de empregos formais e informais.
*Com informações da Agência Brasil




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