A Polícia Civil do Paraná (PCPR), por meio do 2º Distrito Policial de Ponta Grossa, concluiu um inquérito que apurava crimes de peculato cometidos por uma serventuária da Justiça, de 37 anos. Ela é acusada de desviar recursos públicos por meio da emissão fraudulenta de alvarás judiciais, entre os meses de abril e setembro de 2024.
De acordo com a investigação, a funcionária pública utilizava seu login nos sistemas judiciais para emitir alvarás falsos, direcionando os valores para a conta bancária de um familiar. Este, por sua vez, repassava o dinheiro para a serventuária.
Em Ponta Grossa, foram identificados quatro alvarás fraudulentos, que somam um prejuízo de R$ 10.575,28. Contudo, o inquérito também revelou que o mesmo esquema já havia sido praticado pela investigada em outra comarca, onde os desvios podem ultrapassar R$ 200 mil, valor que segue sob investigação.
? Funcionária foi desligada do cargo
Assim que as irregularidades foram descobertas, a serventuária foi afastada de suas funções. Embora os valores tenham sido integralmente devolvidos após a apuração dos fatos, o delegado responsável pelo caso destacou que isso não elimina o crime cometido, podendo apenas ser considerado como atenuante na definição da pena.
A mulher foi formalmente indiciada por peculato, crime previsto no artigo 312 do Código Penal, que prevê pena de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa. O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que dará sequência às medidas cabíveis.
? Esquema já havia sido usado antes
A Polícia Civil alerta que o caso acende um alerta para práticas semelhantes e reforça que as investigações continuam para apurar possíveis outros envolvidos e a extensão total dos prejuízos aos cofres públicos.
Veja o que diz o delegado:


