Após dois dias de obstrução liderada pela oposição, o Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (7) o Projeto de Lei 2.692/2025, que isenta do pagamento do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 3.036.
A medida, que já havia passado pela Câmara dos Deputados, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova faixa de isenção passará a valer a partir de maio de 2025, com impacto direto sobre a tabela do IR a partir do mês-calendário correspondente.
Aprovação foi simbólica e sem votos contrários
De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, o projeto substitui a Medida Provisória 1.294/2025, que perderia validade na próxima segunda-feira (11). No Senado, a proposta foi relatada por Jacques Wagner (PT-BA), também líder do governo na Casa.
“Seguimos trabalhando por mais justiça social e fiscal. Depois, vamos trabalhar para aprovar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil”, afirmou o senador Jacques Wagner após a votação, que ocorreu de forma simbólica e sem manifestações contrárias.
Nova proposta amplia isenção até R$ 5 mil e reduz IR para faixa intermediária
A proposta de ampliar a faixa de isenção do IR para até R$ 5 mil está em tramitação na Câmara dos Deputados, onde já foi aprovada em Comissão Especial e aguarda votação em plenário. O texto também prevê redução do imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350.
Essa é uma das principais promessas de campanha do presidente Lula e faz parte da agenda do governo para aumentar a progressividade do sistema tributário e aliviar a carga sobre os assalariados de menor renda.
Oposição tentou barrar votações após prisão de Bolsonaro
A votação foi atrasada por um ato de obstrução coordenado pela oposição, que ocupou as mesas diretoras da Câmara e do Senado após a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-mandatário é réu por tentativa de golpe de Estado e investigado por obstrução de processo penal envolvendo sanções internacionais e ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro nega todas as acusações.
*Com informações da Agência Brasil




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