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Brasil Economia Política

Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil; proposta segue para plenário

Cópia de REPORTAGEM 2024 bnt Boca no Trombone Cópia de REPORTAGEM 2024 bnt
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Medida beneficia 25 milhões de brasileiros e prevê nova alíquota de até 10% para rendas acima de R$ 600 mil por ano
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o projeto de lei (PL) do Executivo que isenta do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. O texto também prevê redução gradual da alíquota para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

A proposta ainda será votada no plenário do Senado, com expectativa de aprovação ainda hoje. Se aprovada, segue para sanção presidencial. Para entrar em vigor em janeiro de 2026, a sanção precisa ocorrer até o fim deste ano.

Quem será beneficiado pela nova isenção do IR?

Atualmente, a isenção do Imposto de Renda vale apenas para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 3.036 por mês). Com a nova faixa, cerca de 25 milhões de brasileiros serão beneficiados com a redução ou isenção do imposto, segundo estimativas do governo.

Compensações: tributação para super-ricos e dividendos no exterior

Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil por mês). A cobrança máxima será aplicada a quem ganha R$ 1,2 milhão por ano ou mais (R$ 100 mil mensais).

O texto também determina a tributação de 10% sobre lucros e dividendos enviados ao exterior, com exceções para:

  • Governos estrangeiros com reciprocidade de tratamento,

  • Fundos soberanos,

  • Entidades que administram benefícios previdenciários fora do país.

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Oposição critica falta de mudanças no texto

O relator do projeto na CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), rejeitou todas as 11 emendas apresentadas, justificando que qualquer alteração poderia atrasar a tramitação e adiar os efeitos da medida para 2027.

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A decisão foi criticada pela oposição. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) defendeu a análise das emendas e questionou a tributação sobre profissionais liberais que atuam como pessoa jurídica (PJ).

Renan argumentou que os impactos sobre essa categoria serão residuais, já que, segundo ele, a maioria dos profissionais com renda acima de R$ 1,2 milhão ao ano já paga alíquotas superiores a 10% no IRPF.

Impacto para estados e municípios

O texto também inclui mecanismos de compensação para possíveis perdas de arrecadação de estados, municípios e o Distrito Federal, especialmente com relação ao IR incidente sobre os rendimentos de seus servidores.

De acordo com cálculos do governo, a nova política deve gerar, entre 2026 e 2028, um superávit de R$ 12,27 bilhões – valor destinado a cobrir essas possíveis perdas.

Próximos passos

Com a aprovação na CAE, o projeto segue para votação no plenário do Senado. Caso aprovado sem alterações, será enviado para sanção presidencial ainda este ano, garantindo a validade das novas regras a partir de janeiro de 2026, conforme exige a legislação tributária.

*Com informações da Agência Brasil

About the author

Lincoln Vargas

Lincoln Vargas

Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalho em diversas frentes da área jornalística, mas com uma paixão especial pelo mundo do esporte. Além de fazer parte da redação do Portal BNT, também atuo como repórter setorista do Operário Ferroviário e repórter freelancer.

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