O transporte público de Ponta Grossa vive uma segunda-feira (18) de incertezas. Segundo o Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos (Sintropas), paralisações podem ocorrer a qualquer dia e horário, já a partir de hoje.
Sindicato confirma adesão total
O presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, o Luizão, informou nesta manhã que a categoria está mobilizada e com adesão de 100% em caso de paralisações. “A partir de hoje podem ocorrer paralisações a qualquer dia e horário”, afirmou ao Portal BnT Online.
Segundo Luizão, não há negociações em andamento com a Prefeitura ou com a Viação Campos Gerais (VCG), concessionária responsável pelo sistema há mais de 23 anos. “A Prefeitura não vai resolver”, declarou.
Escalas consideradas inviáveis
As principais críticas do sindicato são voltadas às escalas e mudanças implantadas no sistema de transporte coletivo. Os trabalhadores afirmam que a retirada de linhas, a redistribuição de rotas e a ampliação dos trajetos sobrecarregaram motoristas e cobradores.
De acordo com o sindicato, há motoristas escalados para operar em até três linhas diferentes em um mesmo turno, além de trajetos estendidos que tornam os horários impossíveis de cumprir. “Com isso, os trabalhadores ficam estressados e mal conseguem ter tempo para necessidades básicas, como ir ao banheiro”, destacou Luizão.
Posição da Prefeitura
Em nota enviada anteriormente, a Prefeitura de Ponta Grossa afirmou que o Departamento de Transportes monitora diariamente as escalas, buscando corrigir atrasos recorrentes. O município reforçou que qualquer alteração depende de estudo técnico, já que mudanças em uma linha podem impactar outras do sistema.
A administração também informou que algumas rotas estão em redesenho, como a ligação entre a Vila Cipa e o Campo Bello, recentemente liberada. A expectativa é melhorar a fluidez no trânsito e reduzir os atrasos.
Impacto direto na população
Com a confirmação de que não há negociação em curso e a sinalização de adesão total dos trabalhadores, os usuários vivem um dia de apreensão. Caso a paralisação seja efetivada, bairros como Uvaranas, Oficinas, Nova Rússia e Cará-Cará devem ser os mais prejudicados, já que concentram grande parte dos passageiros do transporte público.
Enquanto isso, o Sintropas realiza reunião interna nesta manhã para definir os próximos passos. O risco de interrupção do serviço permanece alto e pode afetar milhares de pessoas que dependem diariamente dos ônibus para trabalhar, estudar e se deslocar pela cidade.
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