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Política

PT almeja fortalecer alianças com MDB, PSD e PSB para enfrentar bolsonarismo

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A crescente preocupação com a possibilidade de Jair Bolsonaro, ex-presidente e atualmente inelegível, fortalecer sua base no Senado motiva essa movimentação
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O Partido dos Trabalhadores (PT), sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está se preparando para estabelecer parcerias estratégicas com partidos de centro e centro-direita, como o MDB, PSD e PSB, com o intuito de conter a ascensão do bolsonarismo no Senado nas eleições de 2026. Esta iniciativa surge em um contexto político em que as candidaturas nos estados serão moldadas por uma estratégia nacional focada na proteção contra a possível maioria da oposição, especialmente em um eventual quarto mandato de Lula.

A crescente preocupação com a possibilidade de Jair Bolsonaro, ex-presidente e atualmente inelegível, fortalecer sua base no Senado motiva essa movimentação. Embora Bolsonaro não possa concorrer, ele está ativo na mobilização de candidatos alinhados a ele, incluindo sua esposa Michelle e seus filhos Flávio e Eduardo, ambos do PL. A construção de uma maioria no Senado é vista como vital para que Bolsonaro mantenha sua influência e capacidade de contestar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), além de facilitar propostas controversas como anistias para os responsáveis pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Com 54 cadeiras em disputa nas próximas eleições, o governo Lula planeja negociar essas vagas para garantir aliados estratégicos nos estados. O PT pretende lançar candidatos em apenas aqueles locais onde possui nomes com forte potencial eleitoral. Humberto Costa, presidente nacional do PT, destacou a importância dessa estratégia: “Estamos em uma fase de diagnóstico para começar as conversas internas e com partidos aliados. A nossa expectativa é construir uma bancada lulista e impedir que a extrema direita possa fazer maioria, o que seria um problema”.

Atualmente, o PT conta com nove senadores, sendo que seis deles encerram seu mandato em fevereiro de 2027. O partido almeja superar os resultados adversos da eleição anterior, quando obteve apenas quatro cadeiras no Senado. Entre os senadores que buscam reeleição estão Jaques Wagner (BA), Humberto Costa (PE), Rogério Carvalho (SE), Fabiano Contarato (ES) e Randolfe Rodrigues (AP), todos vistos como figuras centrais na estratégia do partido.

Embora Paulo Paim (RS) tenha decidido não buscar um quarto mandato consecutivo, outros membros do partido estão se preparando para assumir posições no Senado. Um dos nomes em destaque é o deputado federal Paulo Pimenta, que se destacou como ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024. Além disso, a governadora Fátima Bezerra é considerada uma forte candidata nas disputas.

No Ceará e outros estados, figuras proeminentes do PT também manifestaram interesse em concorrer ao Senado. No entanto, o partido enfrenta desafios internos à medida que outros aliados políticos buscam ocupar essas vagas. No Piauí, por exemplo, há pressão por uma candidatura própria do PT; contudo, a sinalização do governador Rafael Fonteles indica apoio a candidatos do MDB e PSD.

A situação é semelhante em Alagoas, onde Lula pode apoiar a reeleição de Renan Calheiros (MDB), possivelmente complicando as aspirações do deputado federal Paulão (PT). Outros petistas como Anielle Franco (RJ) e Erica Kokay (DF) também estão na corrida pelo Senado.

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A prioridade do PT permanece focada em apoiar candidatos competitivos contra o bolsonarismo. Em estados como o Amazonas, existe uma tendência clara de apoiar a reeleição do senador Eduardo Braga (MDB) para desafiar candidatos bolsonaristas.

O cenário no Rio de Janeiro continua indefinido. Os aliados do prefeito Eduardo Paes estão sendo considerados para possíveis candidaturas ao Senado. Já em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se destaca como um potencial adversário à candidatura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), embora haja esforços para mantê-lo como parte da chapa ao lado de Lula nas próximas eleições.

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