Ponta Grossa recebeu na última semana o projeto “Flautas Ancestrais Indígenas: resgate e valorização”, que tem como objetivo difundir a cultura indígena e aproximar o público das tradições andinas. A ação promoveu três apresentações musicais: duas na Associação de Promoção à Menina (APAM), na quarta-feira (24), e uma na Casa de Repouso São Francisco de Assis, na sexta-feira (26).
Idealizado pelo músico e professor Luis Javier Paredes, o projeto conta com a produção executiva da Dali Projetos Criativos e ABC Projetos Culturais, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, através da Política Nacional Aldir Blanc, e do Ministério da Cultura.
Música e tradição no dia a dia das crianças
Na APAM, crianças e funcionários puderam conhecer e manusear os instrumentos, aproximando-se de elementos da cultura indígena de forma lúdica. A coordenadora da instituição, Irmã Itelvina Miranda Vieira, destacou a importância da experiência: “a música eleva o espírito, acalma as crianças e gera um momento de alegria coletiva”.
Segundo Javier, a ideia do projeto nasceu em sala de aula, ao perceber que muitos alunos desconheciam a própria identidade cultural. Ele reforça que a ação busca quebrar o estereótipo de que todos os povos indígenas são iguais e apresentar a diversidade existente.
Idosos se emocionam com as apresentações
Na Casa de Repouso São Francisco de Assis, os idosos tiveram a oportunidade de vivenciar novas experiências sonoras e emocionais. O educador físico Guilherme Jacopetti relatou que muitos se emocionaram ao ouvir músicas que os remetiam ao passado. “Foi um momento que ficará marcado na vida deles”, disse.
Expansão para outras cidades dos Campos Gerais
O projeto não se limita a Ponta Grossa. Escolas públicas de Ipiranga, Ivaí, Tibagi, Piraí do Sul, Palmeira, Porto Amazonas, São João do Triunfo, Castro e Carambeí também receberão apresentações, palestras e oficinas para confecção de panflutes. A proposta é levar conhecimento e aproximar as comunidades da cultura andina.
A força espiritual da música andina
Na tradição andina, as flautas e os sons produzidos são associados à espiritualidade, acreditando-se que o sopro leva energia capaz de trazer cura e paz. Para Javier, explicar esse contexto ajuda o público a compreender a emoção que as músicas despertam.
Com supervisão de Marcos Silva.




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