A arte tem se mostrado uma poderosa aliada na recuperação e reinserção social de dependentes químicos. Em Carambeí, o projeto Cultura Viva Rainha da Paz vem provando isso a cada nova atividade. No último domingo (19), os acolhidos da Comunidade Terapêutica Rainha da Paz e moradores da localidade de Catanduvas participaram de uma apresentação teatral que emocionou o público e promoveu reflexões sobre superação, autoconhecimento e empatia.
O espetáculo integrou as ações do projeto Cultura Viva Rainha da Paz, aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), do Ministério da Cultura. A iniciativa une oficinas de arte, literatura e teatro, criando um espaço de expressão e transformação pessoal para pessoas em processo de recuperação.
A peça apresentada, intitulada “O que eu deveria ser se não fosse quem eu sou”, foi encenada pela atriz Michella França, diretora do Grupo Dia de Arte, e traz o relato de uma mulher que viveu um relacionamento abusivo e encontrou forças para reconstruir sua vida. Segundo Michella, a encenação busca conscientizar o público sobre os diferentes tipos de violência — física, psicológica e verbal — e estimular mulheres a denunciarem situações de abuso.
Além de promover reflexão, o projeto também oferece oficinas contínuas de artes visuais, literatura e teatro, conduzidas por profissionais do Grupo Dia de Arte. De acordo com o diretor David Dias, as atividades funcionam como ferramenta terapêutica e de redescoberta: “Eles percebem que podem se expressar e criar. É emocionante ver como a arte desperta novos sentimentos e possibilidades”, afirma.
As ações do projeto se estendem também às escolas rurais Limpo Grande e Darlene de Jesus, aproximando crianças e adolescentes do universo artístico. A próxima apresentação do projeto Cultura Viva Rainha da Paz acontece em 16 de novembro, com a peça “Querem acabar comigo”, que aborda o racismo e a exclusão de artistas negros.
Em Carambeí, o teatro tem se tornado uma ponte entre cura e cultura, mostrando que a arte pode ser o primeiro passo rumo a uma nova vida.
Com informações da assessoria.
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