No último sábado, 1º de março de 2025, o presidente da Argentina, Javier Milei, reiterou sua disposição em retirar o país do Mercosul, um bloco econômico que abrange cinco nações sul-americanas. Durante a abertura do Congresso argentino, Milei argumentou que a adesão ao Mercosul tem beneficiado predominantemente os industriais brasileiros, enquanto a Argentina tem enfrentado dificuldades econômicas.
O presidente afirmou que um acordo comercial com os Estados Unidos representa uma oportunidade única e histórica para a Argentina. “Para aproveitar essa chance, devemos estar dispostos a considerar uma flexibilização ou até mesmo a saída do Mercosul”, declarou Milei. Ele enfatizou que o bloco, desde sua fundação, não trouxe benefícios significativos ao país.
Em um evento anterior realizado em Davos, na Suíça, no dia 22 de janeiro, o líder argentino havia afirmado que estava preparado para abandonar o Mercosul caso essa fosse a única alternativa para firmar um acordo de livre comércio com Washington. A proximidade política entre Milei e o presidente americano Donald Trump foi destacada como um fator favorável nas negociações futuras.
Milei também indicou que está em busca de alternativas para viabilizar um tratado comercial sem necessariamente romper com os acordos existentes no Mercosul. Ele mencionou que existem mecanismos que podem ser utilizados dentro do bloco para avançar nas negociações comerciais.
O Mercosul foi criado em 1991 e atualmente inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. A Venezuela foi suspensa em 2016 devido a questões políticas. A recente conclusão das negociações entre a União Europeia e o Mercosul foi anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Contudo, há resistência por parte de alguns países europeus, como a França, que buscam bloquear a ratificação do acordo.
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