Em entrevista ao BNT Online nesta sexta-feira (14), Beatriz Aparecida, coordenadora do Departamento da Mulher, da Secretaria Municipal da Família e Desenvolvimento Social de Ponta Grossa, explicou como funciona a Rede de Enfrentamento às Violências contra as Mulheres, detalhando ações, capacitações e novos instrumentos de apoio no município. Durante a conversa, ela também destacou a realização de um evento especial que ocorrerá no próximo dia 4 de dezembro.
Segundo Beatriz, a ação será aberta à população e reunirá todos os serviços que compõem a rede no Terminal Central. “No próximo dia 4 de dezembro, nós estaremos ali no Terminal Central, onde toda rede vai se dispor, mostrar os seus serviços, o que nós fazemos, o que cada serviço faz, como chegar em cada serviço. E é muito importante que a comunidade esteja com nós ali, não só para conhecer, mas também para ajudar na disseminação dessas informações.”
Como funciona a Rede de Enfrentamento
Beatriz explicou que “a rede de enfrentamento, ela foi instituída, formalizada em 2023, ela serve para articular todos os serviços de atendimento à mulher em situação de violência doméstica intrafamiliar”.
A rede envolve conselhos, universidades, juizados, Defensoria Pública, hospital e outros serviços.
Ela reforça que “juntos nós conseguimos debater os casos, articular todos os casos e pensar em como fazer um atendimento completo, mais humanizado, mais ágil”.
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Capacitações e Pacto Municipal
Sobre as formações, afirmou:
“Agora a gente está passando pelas capacitações do Pacto Municipal de Enfrentamento ao Feminicídio.”
Ela destacou que diversos órgãos já foram capacitados e que a formação da rede envolve “cinco encontros, cinco manhãs” com temas estratégicos.
Ao explicar o pacto, ressaltou que a iniciativa surgiu após pesquisa que apontou Ponta Grossa como “a décima cidade onde ela é pior para a mulher viver”, devido a fatores como desigualdade salarial e número de feminicídios.
Parcerias envolvidas
A Prefeitura contratou profissionais especializados.
Beatriz disse: “A Prefeitura fez um contrato direto com uma empresa especializada com a Priscila Charan, ela é referência aqui no Paraná de políticas para as mulheres.”
Segundo ela, as capacitações contam também com professoras do Judiciário.
Importância do apoio da comunidade
Beatriz reforçou que o enfrentamento não depende apenas do poder público:
“O combate demanda várias questões, não só do serviço público, mas também do apoio da comunidade, da família para essa mulher em situação de violência.”
Ela alerta que a sociedade não pode “reivitimizar o caso dela, culpabilizando ela por estar em uma situação de violência”.
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Novo sistema ‘Ela Protegida’
A rede também passa a contar com a plataforma “Ela Protegida”.
Beatriz explica:
“Eu peço para que todas as pessoas entrem lá no site, pelo menos conheçam esse recurso.”
O sistema permite denúncias e pedidos de acompanhamento a qualquer momento e unifica dados dos serviços para melhorar o diagnóstico e a articulação da rede.




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