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Ponta Grossa

PG celebra pela primeira vez o Dia Municipal das Religiões de Matriz Africana

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Imagem ilustrativa / Reprodução
A União dos Templos de Religião de Matriz Africana e Amérindias de Ponta Grossa (UNIÃO) promove um evento nesta terça-feira (13).
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Nesta terça-feira (13), Ponta Grossa realiza a primeira edição do Dia Municipal das Religiões de Matriz Africana, instituído em 2024 por meio de uma lei proposta pelo Mandato Coletivo da Vereadora Josi Kieras e aprovada pela Câmara Municipal. Para marcar a data, a União dos Templos de Religião de Matriz Africana e Amérindias de Ponta Grossa (UNIÃO) promove uma programação especial com arrecadação de alimentos e a realização de uma tradicional gira de Pretos Velhos.

O evento acontece na Rua Silva Jardim, nº 23, no Centro, local onde atualmente funciona a Feira do Produtor. As atividades têm início às 7h30 e seguem até às 22h.

“Estamos lisonjeados de poder comemorar pela primeira vez em Ponta Grossa uma data que, para nós, é tão importante. É gratificante poder disseminar as religiões de matriz africana, como a Umbanda, o Candomblé, a Kimbanda, o Catimbó, o Batuque, entre outras”, afirma a direção da UNIÃO.

Além da proposta religiosa e cultural, a programação tem também caráter social. “Durante todo o dia estaremos arrecadando alimentos que serão destinados a uma instituição filantrópica da cidade. Esse é o intuito da nossa fé: ajudar o próximo e levar alento e alimento àqueles que necessitam”, acrescenta a entidade.

A escolha do dia 13 de maio, que marca a abolição da escravidão no Brasil, reforça o simbolismo da celebração. “É uma forma de lembrarmos dos nossos ancestrais que passaram por fome, por condições insalubres, e que, mesmo assim, hoje nos ensinam que é com amor que se vence. Os Pretos Velhos são símbolo de resistência e sabedoria. Alimentar os que têm fome é também uma forma de dizer que nós existimos e que juntos somos muitos”, pontua a UNIÃO.

Leia mais: Prefeita Elizabeth celebra conquistas dos paratletas de Ponta Grossa nos Jogos Paradesportivos do Paraná

A criação da data também é apontada como um avanço no combate à intolerância religiosa. “Essa lei é uma das maiores bênçãos para as religiões de matriz africana em Ponta Grossa. Ela representa um passo importante para vencermos o preconceito, que ainda hoje se manifesta de maneira violenta em nossa cidade. Informar e mostrar a nossa fé é o melhor caminho para transformar essa realidade”, declara a entidade.

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 5 mil templos de religiões de matriz africana em Ponta Grossa. Apesar da expressiva presença, a comunidade relata episódios de estigmatização e ataques. “É fundamental que o povo saiba que não cultuamos o demônio. Isso não existe dentro da nossa religião. O que existe é paz, amor e caridade – princípios centrais da Umbanda, que é predominante na cidade”, finaliza a nota da UNIÃO.

O evento é aberto ao público. Pessoas interessadas em conhecer, apoiar ou vivenciar as tradições das religiões de matriz africana são bem-vindas.

*Com informações da Assessoria

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