A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (28) a Operação Fake Road, que investiga supostos desvios em obras de pavimentação de rodovias financiadas com emendas parlamentares. Segundo a investigação, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 22 milhões.
Os contratos sob apuração são vinculados ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). A Controladoria-Geral da União (CGU) também participa da ação.
Mandados e bloqueios
Ao todo, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sendo nove em Fortaleza (CE) e dois em Natal (RN). Os alvos da operação são servidores públicos e representantes de empresas privadas.
A operação inclui ainda bloqueio judicial de bens e valores, indisponibilidade de imóveis e veículos, busca pessoal e veicular, além da quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados.
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Emendas na mira
Até o momento, não há parlamentares formalmente investigados, mas os recursos envolvidos são oriundos de emendas parlamentares, especialmente do tipo transferência especial, conhecidas como “emendas Pix” — por dispensarem convênio e transferência direta ao município ou estado.
Essas emendas têm sido alvo frequente de investigações por suspeitas de irregularidades no uso dos recursos.
Em agosto de 2024, o ministro do STF Flávio Dino determinou à PF a investigação de 964 emendas individuais que somam R$ 694 milhões. Já em dezembro do mesmo ano, o mesmo ministro suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas, diante de suspeitas semelhantes.
DNOCS ainda não se manifestou
A Agência Brasil informou que procurou o DNOCS para comentar a operação, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. O órgão é responsável por executar políticas públicas voltadas ao combate à seca, incluindo obras de infraestrutura hídrica e pavimentação em regiões do semiárido.




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