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Ponta Grossa

Pesquisa revela panorama socioeconômico da região de Ponta Grossa; confira

ponta grossa Boca no Trombone ponta grossa
Foto: Divulgação/PMPG
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A Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) entre abril e julho de 2025, revelou um panorama socioeconômico detalhado para a Região Intermediária de Ponta Grossa. O estudo, que visitou 70 mil domicílios em todas as 29 regiões geográficas do Paraná, tem como objetivo caracterizar a infraestrutura dos domicílios e identificar o perfil demográfico e socioeconômico dos moradores nas áreas urbanas e rurais.

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Os primeiros resultados focados na Região de Ponta Grossa, que abrange um total de 348.119 domicílios particulares permanentes, destacam a predominância da segurança alimentar e altos índices de domicílios próprios, embora também sinalizem desafios específicos em saneamento básico na zona rural.

Segurança Alimentar em Destaque

A pesquisa utilizou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) para medir a percepção da segurança alimentar em nível domiciliar, classificando os lares em quatro categorias.

Na Região Intermediária de Ponta Grossa, a Segurança Alimentar atinge a vasta maioria, com 82,76% dos domicílios (288.105) reportando acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente.

A Insegurança Alimentar (IA) de qualquer grau afeta 17,24% dos domicílios:

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  • Insegurança Alimentar Leve: 13,07% dos domicílios (45.484) apresentam algum comprometimento na qualidade da alimentação.

  • Insegurança Alimentar Moderada: 2,66% dos domicílios (9.277) enfrentam restrição na quantidade de alimentos entre adultos, além de modificações nos padrões usuais de alimentação.

  • Insegurança Alimentar Grave: caracteriza-se pela quebra do padrão usual da alimentação e redução da quantidade para todos os membros da família, incluindo crianças, podendo envolver a experiência de fome. Este nível atinge 1,51% dos domicílios (5.252) na região.

Ao analisar a população, a proporção de moradores em situação de Insegurança Alimentar Grave é de 1,30% (12.895 pessoas). Nota-se que a segurança alimentar é ligeiramente maior na área rural (83,70% dos domicílios em SA) do que na urbana (82,59%).

Infraestrutura Domiciliar

A condição de ocupação do domicílio é majoritariamente própria, abrangendo 75,15% dos domicílios da região (261.605). Os domicílios alugados somam 17,32% (60.300). O índice de propriedade é ainda mais acentuado na área rural, onde 80,79% dos domicílios são próprios.

Saneamento básico

  • Abastecimento de Água: 86,15% dos domicílios utilizam a rede geral de distribuição de água. Na área urbana, esse índice sobe para 98,69%. Na área rural, a dependência de fontes alternativas é alta: 49,62% utilizam poço (artesiano ou raso) e 30,39% dependem de fonte, nascente ou mina.

  • Esgoto: a rede geral de saneamento é o principal destino do esgoto para 72,65% dos domicílios totais. Na área urbana, 86,06% estão conectados à rede geral. Já na área rural, 88,53% dos domicílios utilizam fossa rudimentar ou buraco.

  • Lixo: a coleta de lixo atinge 95,30% dos domicílios na região. Na área urbana, chega a 99,42%. Na área rural, a coleta alcança 73,27%, mas o destino do lixo por queima na propriedade é significativo: 20,21% dos domicílios.

  • Reservatório de Água: 72,24% dos domicílios possuem reservatório (caixa d’água ou cisterna). Na área rural, esse índice é maior (89,72%) do que na área urbana (68,97%).

Mercado de Trabalho e Educação

O percentual de pessoas acima de 14 anos ocupadas na semana de referência na Região de Ponta Grossa é de 54,69% (439.276 pessoas), enquanto 45,31% (363.884 pessoas) estão não ocupadas. Os percentuais são semelhantes entre áreas urbanas (54,82% ocupadas) e rurais (54,01% ocupadas).

As principais atividades de ocupação na região são:

  • Empregado do setor privado (com registro em carteira): 45,61% dos ocupados.

  • Empregado do setor privado (total) e conta própria (autônomos): 49,49% e 32,33%, respectivamente.

  • Setores econômicos (entre ocupados):

    • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 15,80%.

    • Indústria geral: 15,00%.

    • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 14,39%.

Na educação, a taxa de alfabetização para moradores com 15 anos ou mais é de 95,52%. Na área rural, 6,10% dos moradores com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever.

Escolaridade

  • Quase um quarto dos moradores (25,24%) possui Fundamental incompleto ou equivalente. Na área rural, essa proporção é mais alta: 39,92%.

  • Apenas 11,97% dos moradores completaram o Ensino Superior ou mais.

Entre os estudantes, a rede pública é a mais utilizada: 82,51% frequentam instituições públicas. Na área urbana, a participação é de 81,75%, subindo para 87,01% na área rural.

Analogia para compreensão da Segurança Alimentar

Pode-se entender a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) como um termômetro que mede o estresse de uma família em garantir o sustento. Uma família em Segurança Alimentar é como um carro com o tanque sempre cheio. Na Insegurança Leve, o carro tem combustível, mas a qualidade do óleo ou da manutenção é sacrificada para manter o volume. Na Insegurança Moderada, os adultos precisam apertar o cinto e reduzir a velocidade (comer menos). Já na Insegurança Grave, o carro fica parado ou só anda o suficiente para sobreviver, pois a comida (o combustível) é drasticamente reduzida para todos, incluindo as crianças.

Na Região de Ponta Grossa, a maioria dos domicílios desfruta de um “tanque cheio”, mas o desafio persiste para 1,51% da população que enfrenta a privação severa.

Confira as pesquisa na íntegra aqui.

About the author

Yuri Silva

Yuri Silva

Sou formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Sou jornalista do portal BnT. Possuo aptidão em comunicação textual, verbal e afins. Possuo um apreço especial pelo jornalismo esportivo.

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