A comunidade da Escola Municipal Mário Braga Ramos, em Ponta Grossa, está em alerta após receber a informação de que a unidade, atualmente de ensino integral, poderá ser transformada em escola de tempo parcial a partir de 2026. A medida, segundo relatos de pais e professores, visa realocar os estudantes da Escola Maria Coutin Riesemberg, que entrará em reforma no próximo ano.
A decisão está gerando forte indignação entre os responsáveis e profissionais da Mário Braga, que afirmam não terem sido previamente consultados sobre a mudança. Uma reunião extraordinária foi convocada pela gestão da escola para esta sexta-feira (7/11), às 8h30, na quadra da unidade, com a presença confirmada de um representante da Secretaria Municipal de Educação.
“Isso é um retrocesso enorme. Lutamos anos para conquistar o ensino integral — um modelo que garante educação de qualidade, alimentação, segurança e acolhimento para nossas crianças”, desabafa um pai de aluno, em nota de repúdio compartilhada em grupos de responsáveis.
A principal preocupação das famílias é a perda de um direito já conquistado: o ensino em tempo integral, fundamental para muitas famílias de baixa renda que dependem da estrutura escolar para trabalhar. Além disso, circulam informações de que parte dos professores da Mário Braga poderá ser removida para abrir espaço para os profissionais da escola Maria Coutin.
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Segundo relatos de membros do conselho escolar, a decisão já foi comunicada informalmente aos pais da Maria Coutin, enquanto os responsáveis da Mário Braga só tomaram conhecimento após uma reunião do conselho na tarde de ontem (06/11). O clima é de indignação e mobilização.
Mobilização dos pais
Grupos de pais articulam uma ação coletiva para reivindicar que a mudança não seja efetivada sem debate com a comunidade. Eles pretendem se manifestar durante a reunião desta sexta-feira, cobrando transparência, diálogo e respeito à gestão democrática da educação pública.
“Educação integral é direito, não privilégio. Gestão democrática se faz com diálogo, não com imposição”, conclui a nota de repúdio divulgada por representantes da comunidade escolar.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação para solicitar esclarecimentos sobre a proposta de mudança na Escola Mário Braga Ramos. Até o momento, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestação.




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