Uma operação integrada foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (3) em Ponta Grossa, com o objetivo de fiscalizar bares, distribuidoras de bebidas e veículos em diferentes pontos da cidade. A ação visa identificar bebidas adulteradas, especialmente com possíveis traços de metanol, além de produtos vencidos e outras irregularidades que ofereçam risco à saúde pública.
O ponto de partida da operação foi uma distribuidora localizada no bairro São Martim, onde agentes de segurança e fiscalização iniciaram as vistorias. Ao longo do dia, a ação se estendeu para outros estabelecimentos comerciais e também abordagens em vias públicas.
Participam da força-tarefa representantes da Guarda Civil Municipal, Polícia Civil, PROCON, Vigilância Sanitária do Município e Polícia Científica.
Metanol, produtos vencidos e falta de nota fiscal
De acordo com Naim El Kadri, coordenador do PROCON de Ponta Grossa, o foco principal da operação é verificar a existência de bebidas adulteradas, com especial atenção ao uso indevido de metanol, substância tóxica que tem causado preocupação em âmbito nacional.
“Estamos verificando possíveis indícios de produtos adulterados, destilados com metanol, produtos vencidos e falta de nota fiscal”, explicou Naim.
O secretário municipal de Cidadania e Segurança Pública, Guilherme Rangel, destacou que o Paraná tem se antecipado em ações como essa, com o intuito de proteger os consumidores. “É inadmissível que um país da grandeza do Brasil ainda sofra com esse tipo de situação. Estamos atentos. O Paraná saiu na frente e Ponta Grossa também está fazendo sua parte”, afirmou Rangel.
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Drogas e irregularidades encontradas
Além das fiscalizações relacionadas às bebidas, a Guarda Municipal também realizou abordagens a veículos e motocicletas para verificar possíveis crimes como tráfico de drogas ou receptação de veículos roubados.
O comandante da Guarda Civil Municipal, Macedo, relatou que durante uma das abordagens, a equipe encontrou entorpecentes no local, além de bebidas vencidas: “Já na entrada nos deparamos com uma situação de festa no estabelecimento. Durante a abordagem, encontramos drogas e identificamos produtos vencidos. É um trabalho que envolve segurança e saúde pública ao mesmo tempo”, destacou.
Durante a ação, uma pessoa foi presa com maconha e cocaína.
Polícia Civil: crime pode render até 16 anos de prisão
O delegado Maurício da Luz, da Polícia Civil, ressaltou a gravidade de inserir no mercado produtos adulterados e o impacto desse crime na saúde pública. “Quando alguém coloca à venda um produto falsificado ou impróprio para consumo, está cometendo crime. A pena pode chegar a 8 anos de prisão, e se houver morte em decorrência do consumo, pode ser dobrada para 16 anos”, explicou o delegado.
Ele ainda reforçou a importância da denúncia anônima por parte da população, que pode ajudar a identificar locais clandestinos de produção e comercialização de bebidas adulteradas.
Denúncias e canais de atendimento
A população pode colaborar com o trabalho das autoridades realizando denúncias anônimas pelos canais:
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Guarda Municipal: 153
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PROCON Ponta Grossa: 0800-643-262000
Confira imagens da operação










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