A nuvem em formato de funil no Paraná registrada na cidade de Palotina, no Oeste do estado, gerou preocupação entre os moradores na tarde desta quinta-feira (13). O vídeo do fenômeno rapidamente se espalhou pelas redes sociais, especialmente porque ocorreu poucos dias depois dos tornados que atingiram Candói, Laranjeiras do Sul e Rio Bonito do Iguaçu, deixando a população em alerta.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a nuvem observada em Palotina era, na verdade, um funil. Esse tipo de formação é relativamente comum em situações de instabilidade atmosférica, embora nem sempre represente risco direto. O Simepar explicou que o funil só pode ser classificado como tornado caso toque o solo — o que não foi confirmado pelos meteorologistas até o momento.
Ainda conforme a equipe técnica, o funil registrado não se originou de uma supercélula, condição típica dos tornados mais intensos. “Tornados não associados a supercélulas tendem a ser muito mais fracos”, esclareceu o órgão, reforçando que a população não enfrentou perigo significativo naquele momento. Mesmo assim, o episódio despertou atenção pelo contexto de eventos severos enfrentados recentemente no Paraná.
A formação do funil coincidiu com um período de forte instabilidade provocado pela combinação entre baixa pressão atmosférica no Paraguai e a chegada de uma nova frente fria. O cenário favoreceu nuvens de grande desenvolvimento vertical, pancadas de chuva e risco de temporais em todo o estado.
Para os próximos dias, a previsão indica que o clima segue instável. Na sexta-feira (14), as chuvas devem persistir, principalmente na região Norte, avançando gradualmente para outras áreas do Paraná. Já no sábado (15), novas instabilidades voltam a atuar, mantendo o tempo fechado e temperaturas mais amenas. Cidades como Ipiranga, Ivaí e Pinhais estão entre as que podem registrar volumes elevados de chuva — incluindo raios, ventos fortes e possibilidade de novos alertas meteorológicos.
A orientação dos órgãos oficiais é acompanhar as atualizações do Simepar e da Defesa Civil, especialmente diante da sequência de fenômenos que têm atingido o estado desde o início da semana.
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