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Ponta Grossa

No Dia das Mães, pesquisadora da UEPG propõe romper ideal romantizado da maternidade

No Dia das Mães, pesquisadora da UEPG propõe romper ideal romantizado da maternidade Boca no Trombone No Dia das Mães, pesquisadora da UEPG propõe romper ideal romantizado da maternidade
Fotos: Domi Gonzalez, Jéssica Natal / UEPG
No Dia das Mães, pesquisadora da UEPG propõe romper o ideal romantizado da maternidade e destaca a luta por apoio e respeito no meio acadêmico.
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Debaixo de um ipê rosa florido, a pesquisadora Maísa Caminski Antunes caminha com os filhos Pedro e Melissa no campus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A cena, carregada de afeto, também carrega reflexões profundas. Neste Dia das Mães, comemorado neste domingo (11), Maísa usa sua vivência para dar visibilidade à diversidade das experiências maternas dentro da universidade pública.

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da UEPG (PPGE), Maísa pesquisa justamente o suporte que a instituição oferece a mães estudantes. Sua trajetória acadêmica começou na graduação em Pedagogia, onde já abordava questões relacionadas à maternidade. Agora, sob orientação da professora Marcela Teixeira Godoy, ela aprofunda o tema com um olhar crítico e sensível.

“Me tornei sujeito vivendo esta realidade. Comecei a me questionar sobre a maternidade universitária quando me vi nesse processo”, afirma.

Durante a graduação, Maísa engravidou de Pedro. Melissa nasceu quando ela foi aprovada no mestrado. A pesquisadora destaca que a vivência da maternidade nas universidades públicas ainda é marcada por obstáculos e invisibilidades. Embora a UEPG ofereça o Regime de Exercícios Domiciliares (RED) — que garante até 120 dias de afastamento para gestantes e adotantes —, a permanência nos estudos exige uma rede de apoio e compreensão institucional.

“Minha maternidade está situada na vivência de uma mulher cis, branca, da classe trabalhadora, que há um ano se tornou mãe solo. É fundamental falar da maternidade no plural, porque há múltiplas experiências que precisam ser respeitadas”.

Na UEPG, segundo dados da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), pelo menos 60 estudantes vivenciam a maternidade atualmente. Entre as servidoras, 628 das 770 professoras e agentes universitárias (efetivas e temporárias) também são mães. Apesar disso, Maísa aponta que ainda existe um olhar idealizado e romantizado sobre o papel materno, o que mascara as dificuldades reais enfrentadas por essas mulheres.

“Não dá para idealizar a mãe como uma guerreira. Ela não deveria ser, não deveríamos carregar tanta sobrecarga”.

Neste Dia das Mães, a pesquisadora propõe uma mudança de perspectiva: que a data vá além das flores e homenagens simbólicas. Ela defende que a maternidade seja compreendida em sua complexidade, com respeito, escuta e políticas públicas efetivas de acolhimento.

“Quero que minha pesquisa gere impacto prático. Que a universidade olhe para as mães sem romantização e com mais compromisso em garantir sua permanência com dignidade”.

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About the author

Fabiano Blageski

Fabiano Blageski

Radialista em Ponta Grossa, atuou em rádios, TV e sites, com experiência no microfone e nos bastidores. Apaixonado por comunicação, entretenimento e notícias, também é promoter de eventos, assessor de imprensa, destacando-se pela versatilidade e busca constante por aprendizado.

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