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Policial

Nego Di é condenado a mais de 11 Anos por estelionato através de loja virtual

nego di Boca no Trombone nego di
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A investigação da Polícia Civil indique que o número total de lesados pode ultrapassar 370 pessoas.
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Em uma decisão divulgada na terça-feira (10), a Justiça do Rio Grande do Sul condenou Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, e o empresário Anderson Bonetti a penas superiores a 11 anos de prisão pelo crime de estelionato. A informação revela um esquema fraudulento que impactou diversas vítimas na região metropolitana de Porto Alegre.

A condenação se baseia em ações ilícitas praticadas através da loja virtual “Tadizuera”, onde os réus anunciavam produtos a preços muito abaixo do mercado, mas não realizavam as entregas. De acordo com o tribunal, foram identificadas 16 vítimas diretas em Canoas, embora a investigação da Polícia Civil indique que o número total de lesados pode ultrapassar 370 pessoas.

Nego Di, que havia sido preso preventivamente, conseguiu liberdade provisória em novembro do ano passado, após quatro meses detido na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). Sua saída foi amplamente divulgada nas redes sociais e ele se limitou a declarar: “Deus é o maior”. No entanto, a comemoração pela liberdade foi marcada por controvérsias, incluindo uma publicação de sua advogada à época, Tatiana Borsa, que postou uma foto ao lado do humorista com uma legenda celebratória. A imagem foi removida rapidamente após gerar repercussão negativa e levou à advertência judicial ao humorista sobre as condições de sua liberdade provisória.

Desde então, Nego Di mudou-se para Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis, com autorização judicial obtida em dezembro do mesmo ano.

O Esquema Fraudulento

As investigações elucidaram o modus operandi dos envolvidos. Nego Di promovia produtos como televisores, aparelhos de ar-condicionado e smartphones a preços extremamente competitivos sem realizar as entregas. Em declarações contraditórias nas redes sociais, ele se apresentou ora como um simples divulgador contratado por Bonetti, ora como proprietário da loja, prometendo entregas aos clientes.

O influenciador admitiu que a loja era dele, mas alegou ter enfrentado problemas durante o processo de entrega. Uma das vítimas relatou ter adquirido dois celulares e vários aparelhos de ar-condicionado em 2022, acumulando um prejuízo de R$ 30 mil. Segundo seu relato, Nego Di fez algumas entregas iniciais para criar uma falsa sensação de segurança entre os consumidores antes de abrir a loja virtual com promoções ainda mais atraentes.

A Polícia Civil revelou que um prazo estipulado em 50 dias para entrega dos produtos era uma tática deliberada para aumentar as vendas enquanto adiava as entregas. A quebra do sigilo bancário do humorista revelou movimentações financeiras superiores a R$ 300 mil em um breve intervalo de tempo, corroborando as acusações de estelionato.

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Repercussões nas Redes Sociais

Vídeos analisados pelas autoridades mostraram Nego Di exibindo os lucros obtidos com os golpes. Em uma gravação, ele aparece em um carro luxuoso e faz comentários sarcásticos sobre os consumidores: “ninguém mandou comprar televisão”, “ninguém mandou comprar ar-condicionado”. Em outra ocasião, durante um podcast, ele ri ao mencionar suas promoções e justifica a falta de entrega com a afirmação de que o destinatário não pôde ser encontrado.

Próximos Passos Legais

Após a sentença condenatória, a defesa de Nego Di, liderada pela advogada Camila Kersch, anunciou que irá recorrer da decisão. A defensora expressou confiança na possibilidade de revisão do caso pelas instâncias superiores devido a supostos vícios processuais e ao comportamento do réu durante o processo judicial.

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