Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou professores e a direção de uma escola em Araucária após uma criança de quatro anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ser encontrada amarrada no banheiro da instituição. A denúncia aponta tortura praticada por professores e omissão da direção, provocando grande repercussão na cidade.
De acordo com a 3ª Promotoria de Justiça de Araucária, entre os dias 4 e 7 de julho, a professora e a assistente da criança a submeteram a intenso sofrimento físico e mental, amarrando-a pelos punhos e cintura a uma cadeira como forma de punição. A direção e a pedagoga, mesmo cientes da situação, não intervieram, configurando omissão imprópria.
O caso foi descoberto após denúncia anônima, que levou o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal à escola. A equipe encontrou a criança descalça, amarrada, com a porta apenas encostada. Antes do flagrante, a mãe percebeu mudanças de comportamento, como choro frequente e irritabilidade, e comunicou a escola, recebendo como resposta que tudo estava normal. Áudios posteriores da direção sugeriam aumento da medicação da criança para controlar agitação.
Confira a primeira matéria sobre o caso
O MPPR reforça que a denúncia não é apenas sobre os atos de violência física, mas também sobre a omissão de responsáveis, destacando a responsabilidade legal de escolas em casos de crianças com necessidades especiais. A promotoria também alerta para a necessidade de protocolos claros e fiscalização constante.
A população de Araucária acompanha o caso de perto, enquanto o MPPR continua investigando e tomando as medidas legais cabíveis. Especialistas em direitos da criança enfatizam que denúncias rápidas e acompanhamento contínuo são essenciais para garantir a proteção de alunos vulneráveis.
O episódio evidencia a importância de instituições de ensino cumprirem protocolos de segurança e cuidarem adequadamente de crianças com necessidades especiais, evitando que abusos como esse ocorram.





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