O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (7) que a presidência da Casa é “inegociável” e que não discutirá suas atribuições com nenhum grupo político. A declaração ocorreu após a sessão tumultuada da noite anterior, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam a Mesa Diretora do plenário.
Em fala aos jornalistas na entrada da Câmara, Motta reforçou que não há tratativas em curso sobre pautas específicas. “A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão sendo veiculadas sobre supostas negociações para a retomada dos trabalhos não têm relação com nenhuma pauta específica”, afirmou.
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Nos bastidores, lideranças de partidos de centro teriam articulado um acordo para desobstruir os trabalhos legislativos. A proposta inclui, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em discussão, a pauta de uma possível anistia “geral e irrestrita”, uma das principais reivindicações da oposição.
O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também participou das negociações para a normalização das atividades. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), esteve no gabinete de Lira logo após Hugo Motta sinalizar que poderia suspender parlamentares que continuassem em rebelião no plenário.
Motta destacou a importância da atuação de Lira no processo. “É natural que todos possam colaborar em momentos como aquele que nós vivemos nos últimos dias. Foi uma tensão que, acredito eu, a Casa não viveu na sua história recente. Então é natural que todos possam se juntar e sempre buscando, através do diálogo, resolver”, concluiu.




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