A segurança pública no Paraná foi amplamente discutida pelo senador Sergio Moro (UNIÃO) durante o evento S.O.S Segurança Pública, realizado nesta quinta-feira (27), em Curitiba. Em entrevista ao BnT Online, ele destacou avanços, apontou riscos e defendeu a adoção de instrumentos mais modernos de investigação.
Ao comentar a nova legislação aprovada no Congresso, Moro ressaltou a importância do banco de DNA como ferramenta para elucidar crimes graves. “A própria lei do setor que aprovamos hoje não é só sobre audiência de custódia, ela prevê também a coleta do perfil genético do delinquente criminoso nessa audiência. Isso tem um potencial enorme para elucidação de crimes, que é o banco de DNA”, afirmou.
Moro explicou que o novo projeto determina que presos por estupro, crimes praticados com violência e criminosos ligados a facções tenham seu perfil genético coletado e incluído no banco nacional. Segundo ele, essa medida, aliada à integração policial, é fundamental para impedir o avanço do crime organizado.
O senador também avaliou a situação do Paraná. “Aqui no Paraná, nós vencemos um quadro difícil, mas se não ficarmos vigilantes, se não fortalecermos e valorizarmos a segurança pública, corremos o risco de ter problema.” Moro citou episódios recentes. “Veja que tivemos tiroteios no bairro Parolin, a luz do dia, entre facções, que nós não víamos no passado.”
Sobre operações policiais recentes, ele foi direto: “Se for para escolher entre a vida de um criminoso e a vida de um policial, evidentemente que a gente vai defender a vida de um policial.”
Questionado sobre o debate eleitoral de 2026 e sua relação com os municípios, Moro defendeu um Paraná mais seguro. “Nós temos que sonhar com o Paraná mais seguro possível, que seja um padrão de excelência para o Brasil. O problema do Brasil é que a violência se tornou tão prolongada que se normalizou. Podemos fazer melhor.”
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Ao final, o BnT perguntou sobre o início do cumprimento de pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moro respondeu: “Esse é um tema que não está afeto à segurança pública. Eu lamento todo esse ocorrido e entendo que houve excessos nesse julgamento. Defendo a anistia ou pelo menos uma redução da pena significativa, seja para os manifestantes do 8 de janeiro ou para os demais. Espero que o país possa encontrar uma pacificação.”




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