A prisão de Alexandre Ramagem foi decretada nesta sexta-feira (21) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o deputado federal ser filmado entrando em um condomínio em Miami, nos Estados Unidos. As imagens foram divulgadas por um site de notícias na quarta-feira (19) e provocaram reação imediata de parlamentares, que solicitaram ao STF medidas sobre possível descumprimento de ordens judiciais.
Ramagem, do PL do Rio de Janeiro, foi condenado a 16 anos de prisão por participação na chamada “trama golpista”. Apesar da condenação, ele seguia recorrendo em liberdade. Como parte das medidas cautelares impostas por Moraes durante a investigação, o parlamentar estava proibido de deixar o país e havia sido obrigado a entregar seus passaportes às autoridades brasileiras.
A situação se agravou quando integrantes da bancada do PSOL na Câmara protocolaram um pedido formal de prisão, argumentando que o vídeo registrado em Miami comprova violação direta das medidas impostas pelo STF. O material mostra o deputado entrando tranquilamente em um condomínio na cidade norte-americana, o que, segundo os parlamentares, seria incompatível com sua obrigação de permanecer no Brasil.
Em nota, a Câmara dos Deputados informou que não autorizou nenhuma missão oficial no exterior envolvendo Alexandre Ramagem. A Casa Legislativa esclareceu que o deputado apresentou dois períodos de afastamento por motivos de saúde: de 9 de setembro a 8 de outubro e de 13 de outubro a 12 de dezembro. Nenhum desses períodos, porém, incluía permissão para viagens internacionais.
Com a divulgação do vídeo e a repercussão política em Brasília, Moraes decidiu decretar a prisão preventiva de Ramagem para garantir o cumprimento da decisão anterior e preservar a credibilidade do processo judicial.
A defesa do deputado comunicou que não irá se manifestar sobre a decisão do STF.
O episódio aumenta a pressão sobre setores ligados às investigações da “trama golpista” e abre mais um capítulo de tensão entre o Supremo Tribunal Federal e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com informações da Agência Brasil.
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