Passa já convosco, e que bom estar com você mais uma vez. Hoje quero dividir uma reflexão que me acompanhou nos últimos dias, enquanto meditava no texto de 1 Reis 17, a partir do verso 7. É aquele episódio em que o riacho onde Elias bebia água simplesmente seca. Não chovia em lugar algum. A terra inteira padecia.
Então Deus faz algo inesperado: manda Elias ir para Sarepta, perto de Sidon, onde uma viúva — pobre, exausta e sem provisões — o sustentaria. Sempre me impressiona essa parte. Quando Elias chega à cidade e vê a mulher juntando gravetos, ele pede um pouco de água. E antes que ela volte, ele ainda complementa: “Traga também um pedaço de pão.”
A resposta dela, honesta e dolorosa, me atravessa toda vez que leio: “Não tenho um pedaço sequer de pão. Só um punhado de farinha e um fio de azeite. Estou pegando gravetos para preparar a última refeição. Depois, meu filho e eu morreremos.”
Era o limite. O fim. A última esperança.
E mesmo assim Elias diz: “Não tenha medo. Faça primeiro um pouco de pão para mim.”
E ela faz. Ela simplesmente faz.
Pois “sempre haverá farinha na vasilha e azeite no jarro”, disse o Senhor — e assim foi.
O que seria a última refeição virou alimento para muitos dias.
Enquanto lia, percebi algo que bateu forte: os dois estavam vivendo um momento extremamente complicado, mas nenhum deles era uma pessoa complicada. Elias poderia ter questionado: “Senhor, por que pedir a uma viúva pobre? Por que justamente alguém que não tem nada?”. Ele poderia ter se revoltado, argumentado, criado dificuldades.
Mas ele obedeceu. Simples assim.
E a viúva? Mesmo com medo, mesmo sem nada, ela não escolheu complicar. Apenas ouviu e fez.
E aí eu penso: quantas vezes a vida fica pesada não porque o momento é difícil, mas porque nós nos tornamos difíceis? Tenho percebido isso. Antigamente, os tempos eram duros e as pessoas eram mais fáceis. Hoje, os tempos são mais fáceis — tecnologia, praticidade, tudo à mão — mas as pessoas ficaram mais duras. Mais desconfiadas. Mais resistentes. Mais complicadas.
A vida já é complicada. Mas nós não precisamos ser.
Se você está vivendo um período apertado, daqueles que apertam o peito, talvez essa palavra seja para você: não complique.
Seja simples. Ouça. Obedeça ao que Deus já te falou — porque, sinceramente, quase sempre Ele já falou.
Tem provisão no caminho da obediência. Tem descanso no caminho da simplicidade.
Que essa reflexão encontre seu coração hoje.
E que possamos ser pessoas mais fáceis, mais leves, mais abertas. A vida agradece.
Um abraço — até a próxima.
Assista ao vídeo aqui:




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