O Boletim Focus 2025, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central, trouxe revisão na projeção da inflação oficial do país, que caiu de 4,80% para 4,72%. Apesar da leve redução, a expectativa segue acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos — ou seja, limite superior de 4,5%.
Os demais indicadores econômicos avaliados pelo Boletim Focus mantiveram estabilidade nas projeções. O Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve crescer 2,16% em 2025, segundo o mercado. Já o câmbio deve fechar o ano com o dólar cotado a R$ 5,43, e a taxa básica de juros (Selic) continua estimada em 15% ao ano, mesmo nível projetado há 16 semanas consecutivas.
Para 2026 e 2027, as projeções de inflação seguem em 4,28% e 3,9%, respectivamente. O IPCA acumulado em 12 meses, até setembro, é de 5,17%, de acordo com dados do IBGE. Apesar disso, o mês anterior havia registrado deflação de -0,14%. Em setembro, os preços subiram 0,48%, puxados pela alta na energia elétrica, enquanto os alimentos apresentaram queda de 0,35%, pelo quarto mês consecutivo.
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A expectativa é de que a taxa Selic seja reduzida gradualmente nos próximos anos, caindo para 12,25% em 2026 e 10,50% em 2027. Segundo o Copom, esse processo depende da evolução do cenário internacional e do controle da inflação. Apesar disso, o comitê sinalizou que os juros devem permanecer altos por mais tempo para garantir o cumprimento da meta.
O câmbio também apresentou leve melhora nas estimativas para os próximos anos. A cotação do dólar caiu de R$ 5,50 para R$ 5,43 em 2025 e deve atingir R$ 5,39 em 2026 e R$ 5,51 em 2027. Já o PIB apresenta expectativa de crescimento de 1,80% em 2026 e 1,83% em 2027.
O Boletim Focus é atualizado semanalmente e traz uma média das projeções feitas por instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia brasileira.
*Com informações da Agência Brasil




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