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Campos Gerais Jaguariaíva

Jaguariaíva participa de audiência na ALEP sobre a crise no setor madeireiro

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Divulgação
Desde 6 de agosto, os produtos de madeira passaram a ser taxados em 50% ao entrarem em solo norte-americano
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A sobrevivência do setor madeireiro paranaense diante das altas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros foi tema de audiência pública realizada na segunda-feira (29 de setembro), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Jaguariaíva esteve representada pelo prefeito José Sloboda.

O encontro reuniu deputados, empresários e representantes governamentais para tratar da crise que já provocou milhares de demissões no Estado. Na ocasião a Administração Municipal continuou com o acompanhamento da situação e reforçou o apoio nas ações para redução dos impactos sociais e econômicos dessa situação.

Cenário

Desde 6 de agosto, os produtos de madeira passaram a ser taxados em 50% ao entrarem em solo norte-americano. O Paraná, principal exportador do setor para os EUA, já registra quase 5 mil demissões, além de milhares de trabalhadores em férias coletivas ou afastados. Jaguariaíva, onde as indústrias do ramo têm forte presença, já contabiliza várias demissões.

Apesar de ser apenas o sétimo produto mais exportado pelo Paraná, a madeira ocupa posição de destaque na relação comercial com os Estados Unidos, respondendo por 39% dos US$ 1,58 bilhão exportado ao país em 2025 — à frente do setor metalmecânico, que representa 25%. Outros segmentos, como papel e celulose (3%), couro (3%), pescados (2%), cerâmica (2%), móveis (1%), café e mate (1%) e sucos (1%) têm participação menor, sendo que apenas sucos, papel e celulose não foram afetados pelo aumento tarifário.

Jaguariaíva

Um diferencial do setor madeireiro, inclusive de importante indústria atuante em Jaguariaíva, é que grande parte da produção atende exclusivamente a características da construção civil norte-americana, como o sistema wood frame, sem alternativas de mercado em outros países. Somente três fábricas no Paraná, com mais de 4 mil funcionários, produzem molduras decorativas utilizadas nesse tipo de construção, exportando 100% da sua produção para os EUA.

Tarifas

As tarifas também criaram uma situação de competição desigual: enquanto o Brasil passou a enfrentar taxação de 50%, países concorrentes como Chile (10%), Europa (15%), Indonésia (19%), Vietnã (20%) e China (35%) continuam operando com custos menores. Além da perda imediata de espaço, há risco de substituição definitiva de fornecedores, comprometendo mercados conquistados há décadas.

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Audiência

Na audiência, foram discutidas medidas emergenciais, como linhas de crédito, incentivos fiscais e ampliação de programas federais de apoio às exportações, na tentativa de reduzir os prejuízos e fomentar a continuidade das atividades das indústrias do setor.

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