A indústria da água mineral no Paraná registrou crescimento expressivo em 2024, com um faturamento de R$ 341,28 milhões — aumento de 41% em relação ao ano anterior, quando foram movimentados R$ 242,03 milhões. O volume comercializado também teve alta: foram 487,57 milhões de litros vendidos, um salto de 28,7% sobre os 378,87 milhões de litros de 2023.
Os dados integram o terceiro Informe Mineral de 2025, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Água e Terra (IAT).
A exploração da água — seja de fontes naturais ou por extração subterrânea — gerou R$ 3,05 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) no último ano. O valor representa uma alta de 37,6% frente aos R$ 2,22 milhões arrecadados em 2023.
Municípios que mais arrecadaram
Atualmente, 33 empresas operam em 31 municípios paranaenses com autorização para explorar água mineral. Juntas, essas cidades geraram a arrecadação distribuída entre:
-
Município produtor (60%)
-
Municípios afetados (15%)
-
Estado (15%)
-
União (10%)
Quitandinha, na Região Metropolitana de Curitiba, lidera o ranking com 25,9% da arrecadação total, seguida por:
-
Toledo (15,2%)
-
Foz do Iguaçu (11,3%)
-
Campo Largo (8,2%)
-
Almirante Tamandaré (7%)
-
Iguaraçu (5,9%)
-
Iretama (4,2%)
Esses sete municípios foram responsáveis por 77,7% do total arrecadado com CFEM em 2024.
IAT regula e protege os recursos
Segundo o geólogo Marcos Vitor Fabro Dias, do setor de Divisão Territorial do IAT, o aumento da produção reflete a maior demanda da população. “O crescimento do consumo movimenta toda a cadeia, da extração à produção”, afirmou. Para ele, esse avanço também significa mais empregos e arrecadação, o que impacta positivamente nos investimentos públicos.
O IAT é o responsável pela emissão das Licenças Ambientais necessárias à exploração mineral. O órgão também fiscaliza o número de captações, o volume de vazão de água, a qualidade dos mananciais e os riscos de superexploração.
Água mineral do Paraná tem diversidade geológica
A água mineral no Estado é extraída de aquíferos localizados entre as camadas das rochas, como os aquíferos Guarani, Caiuá e Karst. A composição química da água varia conforme o tipo de rocha e sua capacidade de armazenar e transferir água.
“Existem diferentes tipos de aquíferos. Quando as rochas são fraturadas, criam espaços vazios com permeabilidade e porosidade suficientes para a exploração”, explicou o geólogo. Segundo ele, a diversidade geológica do Paraná permite obter águas minerais com diferentes características químicas, dependendo da região explorada.
Fonte: Instituto Água e Terra
Leia também PG e Irati recebem Fórum Regional da Indústria



