Uma jovem de 19 anos foi presa em flagrante por homicídio qualificado após matar o próprio filho recém-nascido, na madrugada de 19 de agosto, em Ponta Grossa. O caso gerou forte comoção entre moradores já que o bebê foi encontrado dentro de uma sacola plástica no quintal da casa da família, em um bairro da região central.
Atendimento médico revelou parto recente
Segundo a Polícia Civil, a jovem buscou atendimento em um hospital da cidade alegando sofrer de hemorroidas. Durante o exame, profissionais de saúde constataram que ela havia passado recentemente por um trabalho de parto. Questionada, afirmou que a criança teria nascido sem vida e sido enterrada no terreno da residência.
A suspeita levantou preocupação dos médicos, que comunicaram o caso às autoridades. Poucas horas depois, a Guarda Municipal de Ponta Grossa foi acionada e localizou o corpo do bebê.
Bebê nasceu vivo e sofreu violência
O menino foi encontrado em uma sacola plástica junto a resíduos domésticos. O laudo de necropsia confirmou que ele nasceu vivo, com nove meses de gestação, pesando cerca de 3 kg e medindo 50 cm. O exame apontou lesões provocadas por objeto perfurocontundente e identificou o traumatismo craniano como causa da morte. Além disso, havia sinais de aspiração de sangue, indicando que o bebê sofreu antes de falecer.
Tesoura pode ter sido a arma usada
De acordo com o delegado Luiz Gustavo Timossi, da Polícia Civil de Ponta Grossa, as lesões identificadas são compatíveis com uma tesoura encontrada no banheiro da residência, apontado como cena do crime. “O exame de necropsia constatou que a criança nasceu viva, com nove meses, e foi assassinada logo após o nascimento, com golpe de instrumento perfurocontundente, provavelmente uma tesoura, resultando em traumatismo craniano”, explicou Timossi.
Confrontada com as provas, a jovem confessou o homicídio, alegando que a gravidez era indesejada e que o pai da criança já havia declarado que não assumiria a paternidade.
Jovem confessou crime e segue presa
Em depoimento, a autora admitiu ainda que tentou realizar aborto ao longo da gestação, que foi escondida dos familiares com o uso de roupas largas. Os parentes relataram à polícia que assumiriam os cuidados do bebê caso tivessem conhecimento da gravidez e afirmaram estar profundamente abalados com a tragédia.
A jovem foi autuada por homicídio qualificado – por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e por ser contra o próprio filho – além de ocultação de cadáver. A Polícia Civil representou pela prisão preventiva, e o caso segue em investigação pela 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, setor de homicídios.
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