Governo orienta alunos a irem para as aulas; professores grevistas terão salários descontados

A Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR), informou nesta quarta-feira (29), que professores e funcionários da Educação que aderirem à greve terão desconto em folha de pagamento a partir de segunda-feira (03) .

Diretores e chefes de núcleo foram orientados a encaminhar os dados para o gabinete da pasta. O governo diz que qualquer paralisação compromete gravemente o cronograma de estudos e, consequentemente, o rendimento dos alunos.

A orientação aos pais é que encaminhem os filhos à escola normalmente, pois as aulas continuam conforme o calendário escolar. Os diretores precisam garantir o funcionamento das escolas e a entrada de estudantes, servidores e terceirizados.

Se os terceirizados forem impedidos de trabalhar, o pagamento do dia não-trabalhado não será descontado da empresa, que deve comunicar à Secretaria, mas ficará sob a responsabilidade do diretor.

Motivo da greve

De acordo com o sindicato, mais de 4 mil educadores(as) participaram da Assembleia e definiram pela paralisação total das atividades em resposta ao projeto do governador Ratinho Júnior (PSD) em terceirizar 200 escolas do Estado. A greve inicia na próxima segunda (03).

“Nós precisamos do engajamento nessa frente de luta de todos(as) os(as) professores(as) e funcionários(as), independente do contrato. Nós precisamos do engajamento, nessa luta, de pais e mães e de toda a comunidade paranaense, pois é o direito de acesso a uma escola pública de qualidade que está sendo negado”, explica a presidente da APP, Walkiria Olegário Mazeto.

O projeto em questão é o ‘Parceiros da Escola’, que visa implementar um programa de terceirização em duzentos colégios estaduais do Paraná. O projeto, que deverá ser encaminhado para a ALEP, teria sido apresentado aos deputados da base governista. Entenda todo o projeto clicando aqui.

A decisão de greve também foi tomada devido à falta de diálogo com o governo sobre pautas para a categoria com o pagamento da Data-Base, reivindicado pela categoria desde o governo Beto Richa (PSDB).

Com informações da AEN e APP Sindicato