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Flotilha com ajuda à Gaza é interceptada por Israel; 17 brasileiros estão entre os detidos

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Foto: REUTERS/Stefanos Rapanis
Itamaraty condena ação militar e cobra garantias de segurança aos detidos; grupo levava ajuda à Faixa de Gaza e foi interceptado em águas internacionais
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O Movimento Global a Gaza, responsável pela Flotilha Global Sumud, denunciou nesta sexta-feira (2) a interceptação de cerca de 50 embarcações por forças navais de Israel, enquanto o grupo tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Segundo o movimento, 443 ativistas de 47 países foram capturados, incluindo 17 brasileiros.

Entre os detidos estão a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), a vereadora Mariana Conti (PSOL-SP) e o ativista Thiago de Ávila e Silva Oliveira, além de outros nomes confirmados nas redes sociais do movimento.

Acusações de violação do direito internacional

Em comunicado oficial, o Movimento Global a Gaza afirma que não obteve informações sobre o paradeiro dos detidos, nem se serão levados à cidade de Ashdod, em Israel. “Este é um sequestro ilegal, em violação direta ao direito internacional e aos direitos humanos. Interceptar embarcações humanitárias em águas internacionais é um crime de guerra”, diz o texto.

Além disso, o grupo denuncia a falta de acesso à representação jurídica e a tentativa de Israel de ocultar o destino dos ativistas.

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Embarcações em situação incerta

O movimento relatou ainda que algumas embarcações foram impedidas de prosseguir por uma barreira marítima israelense. O navio Mikeno, com bandeira francesa, está sem contato e, segundo dados do sistema AIS (Sistema de Identificação Automático), pode ter entrado em águas territoriais palestinas. Já a embarcação Marinette, com bandeira polonesa, segue em comunicação via Starlink, com seis passageiros a bordo.

Brasil cobra esclarecimentos e condena ação

Na noite de quinta-feira (1º), o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) se manifestou em defesa dos brasileiros detidos e condenou a operação militar israelense. Em nota, o governo brasileiro reafirmou o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e criticou a violação dos direitos dos ativistas.

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“O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica”, diz o comunicado.

O Itamaraty também defendeu o fim imediato das restrições à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e informou que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando assistência consular aos brasileiros detidos, conforme previsto na Convenção de Viena sobre Relações Consulares.

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Lincoln Vargas

Lincoln Vargas

Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalho em diversas frentes da área jornalística, mas com uma paixão especial pelo mundo do esporte. Além de fazer parte da redação do Portal BNT, também atuo como repórter setorista do Operário Ferroviário e repórter freelancer.

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