A 53ª edição do Fenata em Ponta Grossa se encerrou nesta quinta-feira (13) com cerca de 12 mil espectadores e uma das maiores distribuições de espaços já realizadas pelo festival. Foram 34 espetáculos apresentados em 149 sessões, levando teatro a 119 locais diferentes da cidade, em uma edição que reforçou a tradição do Fenata como o festival de teatro mais antigo do Brasil realizado de forma ininterrupta desde 1973.
Por conta da reforma no Palco A do Cine-Teatro Ópera, tradicional sede das principais apresentações, o Fenata apostou na descentralização. Essa estratégia levou teatro para locais como o Teatro Marista, Teatro Ceci, escolas públicas e privadas, unidades do Cras e Creas, bares, cadeias e diversos espaços alternativos. A proposta, segundo a organização, foi aproximar ainda mais o festival do público de Ponta Grossa e da região, democratizando o acesso à arte.
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A pró-reitora de Extensão da UEPG, professora Beatriz Gomes Nadal, reforça que o festival cumpre um papel educativo essencial. “O Fenata é arte, cultura e formação. Essa experiência amplia o processo de desenvolvimento humano, especialmente das crianças, dentro da perspectiva de uma educação integral”, afirma.
Este ano, o Fenata contou com categorias variadas, como Teatro Adulto, Infantil, Teatro de Rua, Mostra Campos Gerais, Teatro Científico, Mostra Especial, Dez em Cena e Teatro de Boteco. O diretor do festival, professor Nelson Silva Júnior, destacou a recepção do público. “As pessoas nos procuravam para agradecer e elogiar. Mesmo nas sessões das 22h, o público permanecia para os debates. Isso mostra o quanto o Fenata impacta”, pontuou.
A edição também brilhou com nomes de destaque nacional. A abertura ficou por conta de Grace Gianoukas com “Nasci pra Ser Dercy”. A paranaense Denise Stoklos apresentou “Mary Stuart”, peça já exibida em mais de 30 países. O encerramento trouxe Paulo Betti com “Autobiografia Autorizada”, espetáculo que emocionou o público no Cine-Teatro Ópera.
Betti, que também conduziu workshop no Museu Campos Gerais, elogiou a força cultural do evento. “Se uma cidade tem um festival com mais de 50 anos, é porque existe um público que vive e aprecia teatro”, disse o ator, que também destacou a importância da educação pública e de qualidade.
O Fenata em Ponta Grossa ainda proporcionou encontros memoráveis, como o do ator Adriano Gouvella, da Companhia Os Palhaços de Rua, que recebeu elogios de Paulo Betti após sua apresentação de “Réquiem para um Barbeiro”. Outro destaque foi o espectador Humberto de Campos, que acompanha o festival desde a década de 1970 e voltou de Mato Grosso exclusivamente para prestigiar a programação.
A 53ª edição do Fenata contou com a produção da UEPG, FAUEPG e Núcleo de Cultura Fauepg, além de parcerias com Fecomércio/SescPR, Secretaria Municipal de Cultura, RPC, Sicredi, GMAD e apoio da Lei Municipal de Incentivo a Eventos Geradores de Fluxo Turístico e do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice).
*Com informações da UEPG




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