A preservação ambiental foi o grande destaque da XXI Exposição Científico-Tecnológica Sagrada Família (ECISAF), realizada nesta terça-feira (29) no Colégio Sagrada Família, em Ponta Grossa. Com o tema “Meio Ambiente e Sustentabilidade”, o evento reuniu mais de 40 trabalhos desenvolvidos por alunos, abordando questões cruciais para a preservação da natureza e a promoção de um futuro sustentável.
Irmã Edites Bet fala sobre a importância do tema
A Irmã Edites Bet, diretora do colégio, destacou a relevância do tema escolhido, ressaltando a conexão entre ciência, espiritualidade e a responsabilidade humana de cuidar do meio ambiente. Em entrevista ao Portal BnT, ela explicou que a proposta da exposição nasceu da Campanha da Fraternidade, que este ano teve como lema “Deus viu que tudo era muito bom”, enfatizando a criação divina e a necessidade de o ser humano preservar a natureza.
“Embora a ciência busque desvendar os mistérios do mundo natural, nunca conseguiremos esgotar todo o conhecimento sobre o meio ambiente, porque a criação é obra de Deus. Por isso, devemos valorizar o que temos e aprender a cuidar do nosso planeta”, afirmou Irmã Edites Bet.
Alunos destacam o Olho d’Água São João Maria
Entre os trabalhos mais impactantes, os alunos do sétimo SD do Colégio Sagrada Família apresentaram uma pesquisa sobre o Olho d’Água São João Maria, uma fonte de água histórica e culturalmente significativa, mas que atualmente enfrenta sérios problemas de poluição.
Matheus, Emanuel, Pedro, Carlos e Lara, estudantes responsáveis pelo trabalho, explicaram como o local, conhecido desde o século XIX, passou de um local de peregrinação e cura para um ponto de contaminação. “O Olho d’Água São João Maria, que era usado para batismos e curas, está muito poluído hoje. A água, que antes era considerada milagrosa, já não é mais potável”, afirmou Lara.
O Olho d’Água, que recebeu o nome de São João Maria, um monge peregrino, é um patrimônio cultural que atrai turistas até hoje. Contudo, a crescente poluição ameaça sua biodiversidade e sua importância histórica. O trabalho dos alunos visou alertar a comunidade sobre a degradação do local e a necessidade de ações para sua preservação.
Impacto ambiental e saúde pública
O professor de microbiologia da UFG, Marcos Piegue, também contribuiu com dados científicos sobre a água contaminada do Olho d’Água São João Maria. “A bactéria Escherichia coli, que é comum em ambientes contaminados, está presente no local. Ela pode causar doenças graves e, em casos extremos, até morte. A poluição dessa água afeta não apenas a saúde humana, mas também o ecossistema local”, destacou o professor.
Preservação e educação ambiental
A exposição não se limitou apenas a trabalhos acadêmicos, mas também promoveu a reflexão sobre a importância de preservar os olhos d’água e outros ambientes naturais. Durante o evento, o público teve a oportunidade de ver amostras da água do Olho d’Água São João Maria sob microscópio e aprender sobre os impactos da poluição aquática. A educação ambiental se tornou, assim, um dos maiores focos da exposição, com a intenção de sensibilizar a comunidade para a preservação de recursos naturais.
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