Mesmo que as coisas tenham mudado, depois da invenção do papel higiênico, da fralda descartável e de coisas impregnadas de gel para absorver qualquer outra coisa, fiquei absorvida e um tanto absorta com a imagem dele em seus lenços de pano.
Lavados, engomados, passados e ao bolso de trás das calças endereçado. Lá ficavam, e em tempos de gripe, apareciam com frequência para assoar o nariz. Eu torcia o meu! Afinal os vírus não se deixam aplacar por camadas enfileiradas e vão avançar para outras searas e se expandir.
Mas, voltemos ao ponto relevante, o lenço de papel descartável não lhe é admirável, selecionável. As caixinhas e pacotes produzidas aos milhares e milhões. O lenço de pano, contudo, precisará ser lavado, vai consumir água, sabão, amaciante, alvejante.
Tudo isto para expulsar aquele ente viral que nem faria tanto mal ao dono do lenço que preserva o tecido enquanto descarta pessoas que não sendo, nem de tecido e nem de papel, foram jogadas ao léu…
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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