A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) que a bandeira tarifária vermelha patamar 2 será aplicada às contas de luz no mês de agosto. Com isso, os consumidores pagarão um valor extra de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o maior acréscimo previsto pelo sistema de bandeiras tarifárias.
A decisão foi tomada diante do cenário de chuvas abaixo da média em todo o país, o que reduziu a capacidade de geração de energia pelas hidrelétricas. “O quadro de afluências abaixo da média eleva os custos de geração, exigindo o acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras”, informou a Aneel em nota.
Nos meses anteriores, a Aneel já havia sinalizado o agravamento da situação. Em maio, a bandeira amarela foi acionada. Em junho e julho, foi aplicada a bandeira vermelha no patamar 1. A mudança para o patamar 2 em agosto reflete a continuidade do período seco e as previsões desfavoráveis de chuva para os próximos meses nas regiões dos principais reservatórios.
A Aneel também alertou sobre a importância do consumo consciente neste período. “A economia de energia é essencial não só para o bolso do consumidor, mas também para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico”, destacou o órgão regulador.
Entenda as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e tem como objetivo informar aos consumidores, mês a mês, as condições de geração de energia no país. Ele funciona como um sinal de alerta sobre o custo da produção de eletricidade no Sistema Interligado Nacional (SIN):
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Bandeira verde: não há acréscimo na tarifa.
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Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
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Bandeira vermelha – Patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh.
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Bandeira vermelha – Patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária estava verde, sem custos adicionais para os consumidores. A sequência de aumentos iniciada em maio reflete as condições climáticas adversas e o impacto direto na matriz energética nacional.
Com supervisão de Marcos Silva.




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