A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (29) que o mês de setembro de 2025 seguirá com a bandeira tarifária vermelha patamar 2, a mais cara do sistema. Isso significa que as famílias e empresas pagarão um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A decisão reflete a necessidade de maior acionamento de usinas termelétricas, uma vez que os reservatórios das hidrelétricas estão abaixo da média devido à falta de chuvas. Essa condição climática tem impactado diretamente o custo da geração de energia elétrica no país.
Por que a bandeira tarifária continua vermelha
Segundo a Aneel, o cenário atual não é favorável à produção de energia hidrelétrica. A baixa afluência dos reservatórios compromete o abastecimento, tornando necessário o uso mais intenso das usinas térmicas, que apresentam custos elevados de geração.
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 já estava em vigor desde agosto, após dois meses seguidos (junho e julho) com bandeira vermelha patamar 1. Para setembro, a agência optou por manter o patamar mais alto como medida preventiva diante da instabilidade hídrica.
Sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel para tornar mais transparente o custo real da produção de energia. A ideia é sinalizar ao consumidor, por meio de cores associadas às contas de luz, se há ou não custos adicionais na geração.
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Bandeira verde: não há cobrança extra;
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Bandeira amarela: acréscimo de R$ 2,989 a cada 100 kWh;
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Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 6,50 a cada 100 kWh;
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Bandeira vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Na prática, quando o nível dos reservatórios está baixo e as térmicas precisam ser ligadas, a conta de luz fica mais cara para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que atende residências, comércios e indústrias em praticamente todo o Brasil.
A orientação de especialistas em eficiência energética é redobrar a atenção com o consumo, evitando desperdícios e adotando práticas simples como desligar aparelhos em stand-by, aproveitar a luz natural e substituir lâmpadas comuns por LED.
Com a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 em setembro, a expectativa é que a pressão sobre os orçamentos continue, reforçando a importância de hábitos conscientes e de políticas públicas para estimular fontes alternativas de energia.




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