Confira os bairros de PG que estão no projeto de pavimentação asfáltica

Durante entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (16) ao BnT News, o secretário de Infraestrutura e Planejamento Urbano de Ponta Grossa, Luiz Henrique Honesko, detalhou os avanços e estratégias que estão norteando o projeto “Ponta Grossa 100% Pavimentada”. Um dos principais enfoques é a mudança de paradigma na execução das obras: a cidade deixou para trás o modelo fragmentado de asfaltar ruas individualmente e passou a investir em projetos integrados para pavimentar bairros inteiros.

Segundo Honesko, a meta de atingir 100% de ruas asfaltadas na área urbana só será possível com planejamento em larga escala. “Antes, fazíamos pavimentação atendendo demandas específicas de lideranças locais — uma rua, uma quadra. Mas nesse ritmo, levaríamos 50 anos para asfaltar toda a cidade”, explicou. Agora, o trabalho da secretaria é estruturado para elaborar projetos abrangentes, que contemplem todas as vias de uma vila, inclusive com soluções para drenagem, o que evita retrabalho e garante qualidade a longo prazo.

Para colocar essa nova abordagem em prática, a Prefeitura tem recorrido à terceirização dos projetos de engenharia. O número reduzido de profissionais técnicos dentro da própria secretaria impôs essa necessidade, permitindo que os engenheiros da pasta atuem como fiscais dos contratos. A medida tem acelerado o processo de elaboração dos projetos e, segundo Honesko, é uma das engrenagens que sustentam a estratégia atual.

De acordo com o último levantamento, a cidade já atingiu cerca de 85% de pavimentação urbana. Com os projetos prontos e recursos já contratados — como os do programa Finisa 4 e convênios com Itaipu —, Ponta Grossa pode chegar a 91%. Outros financiamentos em negociação, como o recurso do programa “Borato” e o aporte de R$ 95 milhões via BRDE, têm potencial para elevar esse índice para até 95%.

A burocracia, no entanto, ainda é um desafio. Honesko ressaltou que projetos terceirizados demoram em média seis a sete meses para ficarem prontos. Depois disso, passam por verificações internas da secretaria, da Caixa Econômica (quando se trata de financiamento federal) e também de órgãos estaduais, o que prolonga o processo, mas é necessário diante da fiscalização do Ministério Público e do Tribunal de Contas.

“Nosso compromisso é com obras bem-feitas. A população precisa entender que não estamos asfaltando ‘na loucura’. Existe um planejamento por trás, um critério técnico. E, inclusive, é fundamental que os moradores acompanhem a execução e apontem falhas, porque é mais difícil corrigir depois da obra pronta”, alertou o secretário.

Por fim, ele destacou que a prefeita Elizabeth Schmidt tem mantido o tema como prioridade desde seu primeiro mandato, com investimentos milionários em pavimentação e foco total na finalização dos projetos do “100%”, principalmente nos bairros que ainda aguardam asfalto.