Após a denúncia realizada por moradores da Rua Cândido Borsato, no bairro Uvaranas em Ponta Grossa, sobre o atropelamento de um cachorro na tarde de quinta-feira (13), o motorista do veículo envolvido procurou a reportagem para apresentar sua versão dos fatos. Ele afirma que não fugiu da cena e que retornou ao local para verificar a situação do animal.
Segundo o condutor, o atropelamento ocorreu de maneira inesperada. Ele relata que o cachorro correu repentinamente para o meio da rua, aparentemente para avançar em outro animal. “O cachorro atravessou do nada na minha frente. Não tive como evitar”, declarou.
Ele conta que parou o carro, deu a volta na quadra e voltou ao ponto do acidente, onde encontrou vizinhos tentando ajudar o cão. “Uma vizinha colocou um pano no animal, e uma mulher e uma senhora começaram a cuidar dele. Achei que fossem as donas”, disse. O motorista afirma que um morador começou a acusá-lo e xingá-lo, o que o deixou nervoso e o fez se afastar do local após alguns minutos.
A esposa do condutor também se manifestou e reforçou que o marido não fugiu. “Afinal, ele não fugiu. Ele deu a volta e voltou ao local. Moramos perto e estamos à disposição para ajudar no que for necessário”, afirmou.
Câmeras de segurança da região registraram o momento do atropelamento, e as imagens mostram o veículo atingindo o cachorro. Moradores alegam que o motorista não prestou socorro, enquanto o condutor afirma que tentou ajudar, mas foi hostilizado.
O animal, que havia sido adotado e posteriormente abandonado na rua por um morador da região, foi socorrido por voluntários e levado a uma clínica veterinária 24h. Ele sofreu fraturas e sangramentos, permanece internado e passará por exames antes de uma possível cirurgia. O estado é grave, porém estável.
Cachorro segue internado e precisa de cirurgia
O animal segue internado e passou por procedimentos de emergência, incluindo suturas em várias partes do corpo após sedação. Exames descartaram hemorragias internas, mas raio-x confirmou luxação coxofemoral bilateral, o que exige cirurgia. A equipe veterinária já busca orçamentos para viabilizar o procedimento.
De acordo com a legislação brasileira, deixar de prestar assistência a um animal ferido pode configurar crime ambiental. O caso agora segue para as autoridades responsáveis.




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