A China voltou a criticar duramente a escalada tarifária imposta pelos Estados Unidos, após um tribunal americano suspender a maioria das tarifas aplicadas durante o governo do presidente Donald Trump. O Ministério do Comércio chinês alertou que o país está disposto a “revidar até o fim” caso Washington siga adiante com novas sanções econômicas, e destacou que o protecionismo ameaça a estabilidade da economia global.
A reação chinesa ocorre após Trump anunciar a intenção de impor uma nova tarifa de 50% sobre produtos chineses, caso Pequim não suspenda as taxas retaliatórias em vigor contra itens norte-americanos. Em pronunciamento oficial, o governo chinês classificou a proposta como prejudicial ao diálogo e à cooperação entre as duas maiores economias do mundo.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que “não há vencedores em uma guerra tarifária ou comercial”, e criticou o protecionismo adotado pelos EUA, afirmando que ele “vai contra a vontade do povo”. Já o porta-voz Lin Jian reforçou que Washington “não demonstra disposição sincera para o diálogo” e cobrou uma postura baseada em “respeito e benefício mútuo”.
Nas últimas semanas, Trump chegou a elevar as tarifas sobre produtos chineses para 145%, antes de recuar e estabelecer um percentual temporário de 30% por um período de 90 dias, após uma rodada de negociações com autoridades chinesas. O impasse entre os dois países reacende o temor de uma nova guerra comercial e levanta preocupações sobre os impactos nas cadeias globais de produção e abastecimento.
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