O Tribunal do Júri de Ponta Grossa absolveu, nesta terça-feira (25), Carlos Henrique Santos Forte, conhecido como “Kike”, acusado de envolvimento no homicídio de Lincoln Fernando Oliveira Silva. O crime ocorreu em 11 de março de 2019, no bairro Uvaranas, e teve grande repercussão devido às ligações da vítima com um esquema de fraudes financeiras e lavagem de dinheiro.
Lincoln Silva foi morto a tiros ao ser chamado por dois homens na frente de sua residência. De acordo com as investigações, ele teria envolvimento com um esquema de hackers que operava fraudes financeiras. A quadrilha, segundo a polícia, contava com mais de 200 integrantes e atuava em seis estados brasileiros, utilizando casas de pôquer para movimentar os recursos obtidos ilicitamente.
As apurações indicam que divergências internas dentro do grupo teriam motivado a execução. Durante as investigações, um dos envolvidos apontou Kike como suspeito do crime, o que levou à sua prisão e posterior julgamento.
A defesa de Kike argumentou durante todo o processo que havia inconsistências nas provas apresentadas. Inicialmente, um confronto balístico não foi realizado, o que comprometeu a confirmação da autoria dos disparos. Posteriormente, um teste solicitado pelo Ministério Público indicou que os tiros partiram de uma arma pertencente a um outro integrante da quadrilha.
Com base nessa nova evidência e na falta de provas contundentes ligando Kike diretamente ao homicídio, o Ministério Público solicitou novas diligências e, ao final, a defesa conseguiu demonstrar a fragilidade das acusações.
O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Ponta Grossa e, após horas de debates entre defesa e acusação, os jurados decidiram pela absolvição de Kike. A decisão foi baseada na insuficiência de provas diretas que pudessem confirmar sua participação no crime.
A absolvição marca o fim de um caso polêmico pela conexão com crimes cibernéticos e fraudes financeiras de grande escala.
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