A deputada federal Carla Zambelli (PL) foi presa pela polícia italiana na tarde desta terça-feira (29), em Roma. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal. A prisão ocorre após a parlamentar ter fugido do Brasil, onde foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, em maio deste ano, por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Desde a condenação, Zambelli estava foragida da Justiça brasileira e figurava na lista de procurados da Interpol. A Polícia Federal, em nota, informou que “a presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário”.
O deputado italiano Angelo Bonelli, que havia denunciado o paradeiro de Zambelli, publicou em sua conta no X (antigo Twitter) que forneceu à polícia o endereço em Roma onde a deputada estava hospedada. “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli.
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O parlamentar italiano havia solicitado, em junho, urgência na extradição de Zambelli, argumentando que a cidadania italiana não deveria ser utilizada para evitar uma condenação no Brasil.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por sua participação em um episódio de invasão aos sistemas do CNJ, ocorrido em 2023. Segundo as investigações, o hacker Walter Delgatti foi o responsável pela invasão, realizando a ação a mando da deputada. Após sua condenação, Zambelli fugiu do Brasil para evitar o cumprimento da pena.
Além disso, a deputada também responde a um processo criminal no STF. Em agosto de 2023, Zambelli foi indiciada por sacar uma arma de fogo e perseguir o jornalista Luan Araújo, em um episódio ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo. O Supremo Tribunal Federal já registrou um placar de 6 votos a 0 para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, mas a conclusão do julgamento foi adiada devido a um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
*Com informações da Agência Brasil




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