Ponta Grossa está consolidando uma nova etapa do seu desenvolvimento urbano com a implantação de um sistema de drenagem verde, que alia tecnologia, meio ambiente e bem-estar social. O projeto, apresentado pela Prefeitura nesta terça-feira (28), propõe uma reurbanização sustentável para reduzir alagamentos e criar novas áreas de convivência.
Desenvolvido pela Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre), o plano aposta na criação de lagos artificiais, parques lineares e sistemas de macrodrenagem naturalizados. A proposta é simples e eficiente: permitir que a própria natureza auxilie na absorção e controle da água, reduzindo enchentes e melhorando a qualidade ambiental.
A prefeita Elizabeth Schmidt destacou que o projeto representa um investimento a longo prazo. “Estamos planejando os próximos 25 anos da cidade. É uma ação que combina preservação, inovação e qualidade de vida para as famílias de Ponta Grossa”, afirmou.
Inspirado no conceito de “Acupuntura Urbana”, do arquiteto Jaime Lerner, o plano substitui obras isoladas por pequenas intervenções integradas, que promovem grandes transformações. A ideia é que drenagem, lazer e paisagem caminhem juntos, redesenhando o território urbano de forma sustentável.
As primeiras obras ocorrerão nas bacias dos arroios Olarias, Pilão de Pedra e Ronda, regiões historicamente afetadas por alagamentos. O arquiteto Fernando Canalli, responsável técnico, explica que o modelo foi adaptado ao relevo e ao potencial hídrico local. “Ponta Grossa é uma cidade de vales e nascentes. Estamos aproveitando isso como vantagem natural”, destacou.
Além da infraestrutura, o plano prevê ações sociais e ambientais, como o cadastramento de famílias em áreas vulneráveis e a criação de corredores verdes que conectarão bairros, parques e nascentes.
Segundo o engenheiro Cristhyano Cavali da Luz, diretor da Unilivre, os anteprojetos já estão prontos para licitação. “Os benefícios vão muito além da drenagem. São praças, áreas de lazer e convivência que melhoram diretamente o cotidiano das comunidades”, afirmou.
Com essa iniciativa, Ponta Grossa se posiciona entre as poucas cidades do Paraná a adotar um modelo de drenagem verde de grande escala, integrando meio ambiente, tecnologia e cidadania em um novo paradigma de planejamento urbano.
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