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Brasil Economia

Banco Central veta compra do Banco Master pelo BRB

banco Boca no Trombone banco
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Negócio de R$ 2 bilhões foi rejeitado após meses de análise, e BRB pede acesso à decisão para avaliar seus próximos passos
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O Banco Central (BC) decidiu indeferir a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), encerrando oficialmente a análise que tramitava desde março de 2025. A decisão, que representa um veto à operação avaliada em R$ 2 bilhões, foi comunicada na noite desta quarta-feira (3) em fato relevante divulgado pelo BRB ao mercado. “O BRB foi informado pelo Bacen sobre o indeferimento do requerimento […] referente à aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master”, diz o documento.

Ainda não há manifestação pública do Banco Central sobre os motivos da rejeição, mas o BRB afirmou que solicitou acesso à íntegra da decisão para avaliar fundamentos e alternativas legais cabíveis.

Aquisição buscava ampliar atuação do BRB

A operação tinha como objetivo fortalecer a presença do BRB no mercado financeiro nacional. A autorização foi sancionada há pouco mais de 10 dias pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por meio de uma lei distrital aprovada pela Câmara Legislativa.

Desde o anúncio da negociação, as ações do BRB (BSLI3 e BSLI4) acumularam uma valorização de cerca de 23% na Bolsa de Valores (B3).

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Negócio já era alvo de desconfiança no mercado

Apesar do potencial estratégico, a tentativa de aquisição do Banco Master era considerada polêmica por analistas e agentes do mercado. O banco oferece rendimentos muito acima da média — até 140% do CDI — em seus papéis, prática vista como agressiva e arriscada, principalmente entre bancos de menor porte.

Além disso, o Banco Master não publicou seu balanço de dezembro de 2024, levantando dúvidas sobre sua saúde financeira. Tentativas recentes de captar recursos no exterior, por meio da emissão de títulos em dólar, fracassaram.

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Outro ponto de alerta foi a atuação do Master com precatórios, que aumentou a exposição da instituição a ativos de risco. A situação gerou cautela entre os bancos que participam do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), responsável por cobrir eventuais perdas de clientes em caso de colapso bancário.

BTG tentou assumir o Master por R$ 1

Antes da negociação com o BRB, o BTG Pactual chegou a oferecer apenas R$ 1 para assumir o Banco Master, sob a condição de que o FGC cobrisse todo o passivo da instituição. O negócio não avançou por falta de consenso entre os bancos do FGC, reforçando as incertezas sobre a operação.

Próximos passos

O BRB declarou que ainda vê valor estratégico na operação, mas aguardará a análise da decisão para definir os desdobramentos legais e operacionais. O mercado aguarda agora o posicionamento oficial do Banco Central e os próximos movimentos do banco brasiliense.

*Com informações da Agência Brasil

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Lincoln Vargas

Lincoln Vargas

Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalho em diversas frentes da área jornalística, mas com uma paixão especial pelo mundo do esporte. Além de fazer parte da redação do Portal BNT, também atuo como repórter setorista do Operário Ferroviário e repórter freelancer.

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