Nesta quinta-feira (21), o Brasil relembra a morte de Raul Seixas, o eterno “Maluco Beleza”. O cantor faleceu em 1989, em São Paulo, aos 44 anos, vítima de complicações de saúde. Considerado um dos maiores nomes do rock nacional, Raul deixou um legado artístico que segue influenciando gerações.
Nascido em Salvador, em 1945, Raul Santos Seixas se interessou cedo pela música e formou, nos anos 1960, a banda “Os Panteras”. Apesar da pouca repercussão inicial, foi no Rio de Janeiro que sua carreira começou a ganhar força. Com apoio de Jerry Adriani, tornou-se produtor e, pouco depois, iniciou sua trajetória solo.
O marco definitivo veio em 1973 com o álbum Krig-ha, Bandolo!, que apresentou sucessos como “Ouro de Tolo”. Na mesma época, firmou parceria com o escritor Paulo Coelho, criando composições que misturavam filosofia, espiritualidade e contestação social. A dupla chegou a idealizar a “Sociedade Alternativa”, inspirada nos ensinamentos de Aleister Crowley, o que atraiu a atenção da ditadura militar. Raul teve músicas censuradas e sofreu perseguições, mas sua criatividade não foi interrompida.
Entre seus maiores sucessos estão clássicos como Gita, Metamorfose Ambulante e Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás, canções que se tornaram hinos do rock brasileiro. Mesmo enfrentando problemas pessoais e de saúde, Raul seguiu produzindo até seus últimos anos.
A morte precoce, causada por complicações relacionadas ao alcoolismo e à diabetes, não apagou sua influência. Ao contrário, consolidou sua imagem de artista autêntico, à frente do seu tempo. Décadas depois, o aniversário de morte de Raul Seixas continua sendo lembrado por fãs em todo o país, que mantêm vivo o legado do roqueiro que nunca se encaixou em padrões.
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