O deputado federal Aliel Machado (PV-PR) criticou a decisão da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8), de retirar de pauta a Medida Provisória (MP) que previa taxação sobre casas de apostas online (“bets”), bancos e grandes fortunas, além de propor medidas de contenção de gastos do governo federal.
A proposta, enviada pelo Governo Federal, poderia gerar cerca de R$ 17 bilhões em arrecadação adicional, mas perdeu validade após resistência de setores econômicos e de parte dos parlamentares.
Nas redes sociais, Aliel Machado classificou o resultado como uma derrota para a população e uma vitória dos grandes grupos econômicos. “O Congresso Nacional acaba de atender ao lobby e ao interesse das bets, dos bancos e dos bilionários. O Congresso derrubou a medida provisória que cobraria um pouco mais do andar de cima para atender ao interesse da população brasileira. Menos de 1% da população foi defendida aqui por um grupo de poderosos parlamentares contra mais de 90% dos brasileiros, que sofrem com esse tipo de ação”, afirmou o deputado.
Segundo Aliel, a MP fazia parte do esforço do governo para equilibrar as contas públicas e financiar programas sociais, cobrando mais de setores que, segundo ele, contribuem pouco em proporção aos lucros.
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“As injustiças no Brasil acontecem por causa disso. O Congresso, muitas vezes, não representa o interesse da população. Essa medida era uma forma de fazer justiça tributária, mas prevaleceu a força dos poderosos”, acrescentou.
O parlamentar também fez críticas às plataformas de apostas online, que vêm sendo alvo de debates por seus impactos sociais. “Aqui, deputados e deputadas preferiram defender as bets, que estão causando prejuízos inestimáveis às famílias — vícios, endividamento e sofrimento. Defenderam as bets e os bilionários para ir contra a população brasileira. Não concordamos com isso. Vamos continuar enfrentando”, declarou.
Com o arquivamento da medida, o governo federal deixa de arrecadar os recursos previstos, que seriam aplicados em políticas públicas e ampliação de programas sociais.
*Com informações da Assessoria de Imprensa




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