Durante audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle nesta terça-feira (28), o deputado federal Aliel Machado (PV-PR) ressaltou que o debate sobre a Itaipu Binacional precisa considerar sua natureza compartilhada com o Paraguai.
Aliel lembrou o embate diplomático ocorrido no último ano e destacou que “o Paraguai é um sócio, dono de 50% da usina, portanto não há que se falar em discussões sobre regras a partir apenas da visão do governo brasileiro.” Para o parlamentar, a diplomacia recente evitou potenciais prejuízos ao Brasil e estabilizou o cenário bilateral.
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O deputado também defendeu a continuidade dos investimentos socioambientais promovidos pela empresa, como projetos de energia fotovoltaica e apoio técnico a municípios. Segundo ele, tais iniciativas impactam diretamente consumidores mais vulneráveis. “Essas ações trazem benefícios para o consumidor mais simples, para o consumidor mais pobre, para aquelas pessoas que são atingidas pela desigualdade no Brasil.” Aliel reforçou que, ao contrário de corporações privadas, “a Itaipu não visa o lucro para si”, devolvendo recursos à sociedade por meio de serviços.
Ao comentar os efeitos econômicos, Aliel citou a redução tarifária e o congelamento de preços até 2026. “Nós tivemos redução de 26% na tarifa, a menor em 20 anos”, afirmou, enfatizando que a complementação financeira feita internamente evitou impacto direto na conta do consumidor brasileiro.
O parlamentar concluiu destacando a relevância dos programas ambientais, lembrando que a Itaipu participa ativamente dos debates em torno da transição energética e do saneamento em espaços estratégicos, como na preparação para a COP 30, reforçando a necessidade de responsabilidade técnica e política nas decisões que envolvem a usina.
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