Naquela manhã eu não estava bem e voltaria para casa para descansar. Fazia dias que eu sentia que algo incomum me acometia. A cabeça aérea, só pensava em chegar. A viagem foi estranha e nem sei como cheguei em casa e nem como saí do carro, uma falta de ar foi tomando conta e parecia que não haveria como respirar. E não houve… Vi meu corpo do chão e uma poça de sangue que eu sabia que lhe assustaria.
Vi você correndo, gente em nossa casa, amigos transtornados, minha mãe chorando. Vi tanta gente no velório, amigos, irmãos e colegas de trabalho no enterro.
Estava tudo bonito e havia amorosidade e eu agradeço a todos. Aproveito que já faz um ano que parti e venho lhe visitar em sonhos e é de dentro deles que me apresento com roupa de viagem, mala de viagem, com palavras de quem parte para agora sim dizer adeus.
Foi um susto definitivo para nós, mas eu sigo bem e você também, nossa parceria jamais esqueceremos, assim como eu não poderia deixar de dizer-lhe um adeus…
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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Relato emocionante, de nossa parte enviando sempre mensagens de paz, alegria aos que já retornaram da brevíssima passagem terrena.