O “Abraço à Democracia”, evento programado para esta quarta-feira (8), tem como objetivo principal relembrar a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a iniciativa que busca garantir que os eventos daquele dia não sejam esquecidos, destacando a importância da memória histórica.
Em declarações ao blog, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, enfatizou que é essencial revisitar essas questões e alertar para a gravidade do que ocorreu. “Não podemos considerar normal conceder anistia a golpistas e esquecer a invasão aos prédios dos Três Poderes em Brasília como se fosse um incidente trivial”, afirmou o ministro.
O ato reunirá as principais autoridades do país no Palácio do Planalto, onde obras de arte e patrimônio histórico danificadas durante os atos golpistas serão devolvidas ao acervo da União após restauração. Rui Costa ressaltou também as recentes revelações sobre planos de assassinato contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Esses fatos reforçam a necessidade de responsabilização dos envolvidos nas tentativas golpistas.
O ministro afirmou que o Brasil esteve à beira de um golpe, mas este não se concretizou graças à força das instituições democráticas. Além disso, uma pesquisa realizada pela Quaest revela que, passados dois anos dos eventos, a desaprovação aos atos golpistas continua alta entre a população. De acordo com os dados, 85% dos bolsonaristas e 88% dos lulistas desaprovam as ações do dia 8 de janeiro.
Logo após os acontecimentos, a desaprovação era ainda maior, atingindo 94%. Um ano depois, esse número caiu para 89%, e atualmente está em 86%. Apesar dessa redução, os índices permanecem elevados em todas as faixas de renda e grupos sociais, indicando um consenso significativo sobre a gravidade dos atos ocorridos.
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