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Desemprego no Brasil cai para 5,4% e atinge menor nível da série histórica, diz IBGE

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Agência Brasil
Número de pessoas ocupadas e rendimento médio também batem recordes; massa salarial cresce e estimula economia apesar dos juros altos
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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, atingindo o menor patamar desde 2012, quando teve início a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além da taxa mínima de desocupação, a pesquisa apontou recordes no número de pessoas ocupadas com carteira assinada, na massa de rendimentos e na contribuição à previdência, indicando uma melhora consistente no mercado de trabalho.

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Queda no desemprego e recorde de ocupados

A taxa de 5,4% é uma redução frente aos 5,6% registrados no trimestre anterior (encerrado em setembro) e significativamente abaixo dos 6,2% no mesmo período de 2024. A maior taxa já registrada pela pesquisa foi de 14,9%, nos trimestres móveis encerrados em setembro de 2020 e março de 2021, durante o auge da pandemia.

O número de desocupados chegou a 5,910 milhões, o menor contingente já registrado. A população ocupada somou 102,5 milhões de pessoas, um recorde para a série.

Rendimento cresce e impulsiona consumo

Outro dado positivo foi o crescimento da massa de rendimento dos trabalhadores, que chegou a R$ 357,3 bilhões – o maior valor já registrado, com aumento de 5% em um ano. O rendimento médio real também subiu.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a alta da massa salarial tem efeito direto no estímulo ao consumo.

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“Ter essa massa em patamares elevados influencia o consumo”, afirmou.

Mesmo com a Selic em 15% ao ano, a maior desde 2006, os dados mostram que a renda elevada tem atenuado os efeitos do crédito caro, gerando um contraponto ao desaquecimento econômico.

Setores que puxaram a alta na ocupação

Dos dez grupamentos de atividade analisados, dois apresentaram crescimento expressivo na ocupação:

  • Construção: +192 mil pessoas (+2,6%)

  • Administração pública, defesa, educação, saúde e assistência social: +252 mil pessoas (+1,3%)

O único setor com redução foi o de “outros serviços”, com queda de 2,8% (menos 156 mil pessoas).

Informalidade e contribuição à previdência

A taxa de informalidade foi de 37,8%, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores, uma leve redução em comparação com os 38,9% registrados um ano antes.

Outro destaque positivo foi o número de trabalhadores que contribuem para a previdência, que alcançou 67,8 milhões de pessoas, também um recorde. Isso representa que 66,1% dos ocupados estão contribuindo — mesmo índice registrado em janeiro de 2016.

“Isso está muito associado à retração maior da informalidade. Normalmente os informais são os mais afastados da cobertura previdenciária”, explicou Adriana Beringuy.

Caged também aponta crescimento no emprego formal

Os dados da Pnad foram divulgados um dia após o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, também apontar crescimento do emprego formal.

Segundo o Caged, foram criadas 85,1 mil vagas com carteira assinada em outubro. No acumulado de 12 meses, o saldo é positivo em 1,35 milhão de postos formais.

*Com informações da Agência Brasil

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Lincoln Vargas

Lincoln Vargas

Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalho em diversas frentes da área jornalística, mas com uma paixão especial pelo mundo do esporte. Além de fazer parte da redação do Portal BNT, também atuo como repórter setorista do Operário Ferroviário e repórter freelancer.

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