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Diversas famílias seguem sem assistência após tempestade de granizo em Ponta Grossa

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Foto: BnT
Moradores de bairros como Vila Nadal, Jardim Aroeira e Baraúna denunciam lentidão na entrega de ajuda emergencial e ausência de representantes públicos após a forte tempestade de granizo.
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Moradores de diversos bairros de Ponta Grossa continuam enfrentando dificuldades dias após a forte tempestade de granizo que atingiu a cidade no dia 24 de novembro. Em relatos enviados ao BnT, são descritos cenários de abandono, lentidão na distribuição de telhas e colchões, e ausência de atendimento por parte da Defesa Civil e da Prefeitura.

Os relatos recebidos envolvem moradores de bairros como Vila Nadal, Jardim Carvalho, Jardim Aroeira, Baraúna, Santa Mônica, Santa Lúcia e Vila Vilela. Em comum, todas essas regiões enfrentam dificuldades no acesso a telhas, colchões, lonas e atendimento direto da Defesa Civil, mesmo dias após o ocorrido.

O BnT já entrou em contato com a Prefeitura de Ponta Grossa e com a Defesa Civil Municipal e aguarda um posicionamento oficial sobre as denúncias recebidas.

Confira as últimas notícias policiais de Ponta Grossa

Relatos recebidos pelo BnT

Uma moradora da Vila Nadal relatou que sua casa foi totalmente destruída pela tempestade. Com um bebê de dois meses, ela afirma que não conseguiu contato com a Defesa Civil e teve que buscar ajuda por conta própria:

“Fui buscar colchão no Santa Mônica, mas não tinha mais. Dizem que não precisa de cadastro, é só ficar na frente da casa, mas o caminhão demora e muita gente está esperando sem resposta. Tive que pedir dinheiro emprestado para comprar as telhas, porque não posso ficar no tempo com minha filha pequena. Ninguém recebeu o tal kit com travesseiro e coberta que disseram que o governo mandou. Muita gente aqui está na mesma situação.”

Ela ainda sugeriu que a Prefeitura montasse pontos de apoio nos bairros para agilizar o atendimento. “As pessoas estão perdendo dia de trabalho esperando uma ajuda que não vem.”

Em outro depoimento, uma moradora do Jardim Carvalho afirmou que a casa da irmã foi atingida, molhando todo o quarto das crianças. Segundo ela, a ajuda nunca chegou:

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“Três dias depois da tragédia e nada. Na hora de tirar foto, os políticos aparecem. Estão usando a desgraça das famílias como palco para eleição. As crianças estão assustadas, ninguém responde na Defesa Civil e o que mais pegou foi a cozinha e o quarto delas. Perdemos metade das coisas.”

Outro morador destacou a gravidade da situação em regiões como Baraúna e Aroeira:

“Tem casas condenadas. Gente que teve que deixar de pagar contas para comprar telha. Pularam nossa vila, foram direto para outras. Eu resolvi meu caso porque tenho seguro, mas muitos estão com lona esperando chuva e nada de telha”. Segundo ele, há idosos sozinhos e famílias sem condições de esperar por mais dias.

Uma moradora do Jardim Aroeira, que possui um filho PCD, também fez relato ao BnT:

“Fiz o cadastro na Defesa Civil, mas ninguém apareceu até agora. Tenho um filho PCD, estou com o telhado quebrado e sem condições de comprar eternite. O Santa Mônica recebeu ajuda, depois o Santa Lúcia, Vila Vilela e Vila Nadal. Mas aqui no Aroeira, nada.”

Ela ainda critica a falta de representação comunitária: “Nossa vila não tem presidente nem associação ativa. Estamos esquecidos.”

Movimento Popular de Luta cobra estado de emergência

O Movimento Popular de Luta (MPL) de Ponta Grossa também se manifestou publicamente, cobrando agilidade do poder público e a decretação de estado de emergência, para facilitar o repasse de recursos e agilizar a resposta humanitária.

“Ajuda humanitária não é caridade, é direito. O povo está mendigando por telhas e colchões enquanto políticos usam a dor das famílias como vitrine eleitoral. Ponta Grossa tem estrutura para atender essas famílias com dignidade, mas falta vontade política. É inaceitável ver gente controlando doação e exigindo cadastro enquanto pessoas perdem tudo o que têm”, afirmou Leandro Santos Dias, membro da direção nacional do MPL.

A nota completa do MPL você pode encontrar clicando aqui.

O BnT já entrou em contato com a Prefeitura de Ponta Grossa e a Defesa Civil, e segue acompanhando o caso e atualizará a matéria assim que houver posicionamento oficial da Prefeitura ou da Defesa Civil.

About the author

Lincoln Vargas

Lincoln Vargas

Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalho em diversas frentes da área jornalística, mas com uma paixão especial pelo mundo do esporte. Além de fazer parte da redação do Portal BNT, também atuo como repórter setorista do Operário Ferroviário e repórter freelancer.

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